Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Comercializadores de Energia aponta que a economia para os consumidores no mercado livre ficou em 53% na média. Esse é o resultado da diferença entre a tarifa média das distribuidoras que está em R$ 377/MWh e o preço de longo prazo do ACL em R$ 177/MWh. O valor se refere somente à energia, um dos componentes da conta, formada ainda por custos referentes a transmissão, distribuição, encargos e impostos.

Esse dado consta da edição de junho do Boletim da Energia Livre, documento da Abraceel disponível para download, que mostra um panorama mensal da situação do mercado livre de energia no Brasil a partir de indicadores mais recentes divulgados por diversas instituições e consultorias.

O boletim aponta que o mercado livre de energia cresceu para 28.156 unidades consumidoras em junho, agrupadas em 10.218 consumidores, o que representa um aumento de 20% nos últimos 12 meses. No período, o saldo líquido de consumidores que migraram para o ambiente de livre contratação atingiu 4.689 unidades consumidoras. Do total, 9.015 (88%) são consumidores especiais.

Das fontes renováveis, aponta a Abraceel, usinas a biomassa (73%), pequenas centrais hidrelétricas (58%) e plantas solares centralizadas (96%) destinaram a maior parte da produção ao mercado livre de energia. Esse ambiente responde atualmente por 36% de toda a energia consumida no país, um aumento de 6,8% nos últimos 12 meses.

A perspectiva é de continuidade da expansão do ACL. Já está no radar da entidade que é possível dobrar a participação do ambiente de livre contratação no atendimento elétrico nacional. “Nossos estudos mostram que o mercado livre de energia será responsável por 70% da demanda de energia elétrica brasileira, com uma taxa de migração de consumidores do mercado regulado para o livre de 25% ao ano, em quatro anos, assim que o acesso estiver universalizado”, citou o presidente executivo da entidade, Rodrigo Ferreira, em comunicado da associação.