O governo do Rio de Janeiro apresentou na última quinta-feira,7 de julho, os mapas do potencial de geração de energia eólica e de produção de hidrogênio no estado. Os estudos fazem parte das iniciativas governamentais para incentivar a implantação de projetos de energias renováveis no território fluminense.
Realizados pela secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, os estudos destacam o enorme potencial de energia eólica offshore no Rio de Janeiro. O estado possui hoje nove projetos em fase de licenciamento no Ibama, totalizando a potência de 27,5 GW, e possuem um potencial de atração de investimento nos próximos anos de US$ 85,244 bilhões.
De acordo com o governador Claudio Castro, a utilização de energias renováveis contribui para o desenvolvimento sustentável na medida em que favorece o desenvolvimento socioeconômico e a preservação do meio ambiente. Segundo Castro, trata-se de um setor competitivo, com fontes mais baratas de energia, menor impacto ambiental, e significativa capacidade de geração de empregos.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Cássio Coelho, explica que a consolidação do setor eólico offshore traria grandes benefícios para o estado, dentre eles a maior participação de energias renováveis na matriz energética estadual, a ampliação da segurança energética estadual – importante fator competitivo para atração de investimentos – e a geração de renda, arrecadação tributária e empregos qualificados. Além disso, a implementação de projetos de eólica offshore representaria um novo cenário para a indústria naval fluminense, com a criação de novas demandas para navios lançadores de cabos de energia e navios guindaste para lançamento de torres, e ainda embarcações de transporte de equipamentos e manutenção das usinas offshore.
A produção de hidrogênio também é tratada como estratégica para o estado. Dentre as vantagens competitivas do Rio de Janeiro, destacadas no mapa, estão a situação privilegiada do estado para a obtenção de gás natural para a produção de hidrogênio e a sinergia com os projetos de eólica offshore e outras renováveis já presentes no estado.
Em junho, o governo assinou um Memorando de Entendimento com a White Martins, para viabilizar a produção de hidrogênio verde no estado. O acordo prevê o trabalho em parceria e a articulação junto a instituições de governo, empresas, agências de fomento, sociedade civil e agências reguladoras, entre outras, para alavancar a geração da fonte em território fluminense.