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Quando uma empresa inicia um empreendimento de energia renovável, ainda que futuramente ele traga benefícios ao meio ambiente, como evitar a emissão de CO2, é preciso realizar a compensação ambiental, sendo assim, as empresas assinam o chamado “Termo de Compromisso de Compensação Ambiental”. Nessa compensação a empresa executa o plano de ação e recebe uma comprovação do órgão ambiental de que foi executado e sua obrigação se encerra naquele momento. Diferentemente das práticas ESG (sigla em inglês “Environmental, Social and Governance“), que são critérios adotados pelas companhias para garantir o comprometimento com questões ambientais, sociais e de governança, de médio a longo prazo e que requer acompanhamentos periódicos.

A Ibitu Energia segue no caminho da compensação ambiental, além de já ser adepta das práticas ESG. A elaboração dos projetos de energia renovável que estão sendo desenvolvidos seguem a pegada de redução de impacto. Como já dito anteriormente, todas as atividades geram impactos em menor ou maior grau, a gestão dos impactos é o que faz a diferença dentro dos projetos, ainda que sejam em energias renováveis.

Com investimento na ordem de R$ 800 milhões, o Complexo Solar Caldeirão Grande 2, em construção no munícipio de Caldeirão Grande do Piauí, quando entrar na fase de operação, terá capacidade instalada de 213 MW, o equivalente ao consumo de mais de 280 mil casas e conseguirá evitar anualmente a emissão de cerca de 300 mil toneladas de CO2. O projeto solar é classificado dentro do estado do Piauí como um projeto de relevante impacto ambiental, e por esse motivo, ele está sujeito a compensação ambiental.

 

(Complexo Solar Caldeirão Grande 2, canteiro norte)

De acordo com Ana Carolina Cordeiro, coordenadora de Meio Ambiente da Ibitu Energia, essa compensação não se trata dos impactos propriamente ditos, isso já é feito no âmbito do licenciamento ambiental, com ações de mitigação ainda durante os estudos dos projetos. Essa compensação é destinada à comunidade e a região local, para implantar e operacionalizar o parque.

Esses investimentos, embora sejam coordenados pelo órgão ambiental, visam impactar de forma mais permanente o entorno que está sendo beneficiado pela obra. O valor da compensação é calculado em cima do valor total da obra, e essa estimativa é feita durante os estudos dos projetos nas regiões. No caso do Estado do Piauí, esse valor é de 0,5%. Segundo Carolina, no empreendimento Caldeirão Grande 2, o valor da compensação ficou definido em R$ 3,7 milhões, e a aplicação desse valor é feita de forma conjunta com órgão ambiental estadual à medida que eles vão sugerindo a melhor forma de aplicação.

Carolina destacou que a empresa possui 4 planos de aplicação como compensação pelo Complexo Solar. O primeiro plano foi a realização do plantio de 3,5 mil mudas de árvores no Parque Estadual do Rangel, Unidade de Conservação Estadual, localizado nos municípios de Curimatá e Redenção do Gurguéia, no Piauí. O espaço recuperado é equivalente a 3 campos de futebol. Essa ação contou com investimento de R$ 187 mil, valor que corresponde a 5% do total da compensação.

O segundo plano de aplicação foi o apoio na criação de 6 unidades de conservação ambiental, parte do Programa Proverde Piauí, nas cidades Cocal, Cocal dos Alves, Caraubas do Piauí, Joaquim Pires, Lagoa do São Francisco e São João do Arraial. O apoio foi feito com a transferência de recursos financeiros, cerca de R$ 1,4 milhão, para os Fundos Municipais de Meio Ambiente ou para Prefeitura Municipal, para custear todo o trabalho envolvido na criação das unidades de conservação. Cada município recebeu R$ 240 mil como investimento para as unidades.

O terceiro plano de aplicação é a contratação de uma empresa de arquitetura para realizar a atualização de um projeto de remodelação do centro de gestão ambiental e apoio as áreas de conversação do Piauí. Ainda segundo Carolina, os projetos já existiam, no entanto, não possuíam verba para se desenvolverem. “A Ibitu Energia vai atualizar o projeto para que o estado consiga executar e melhorar a área administrativa focada na gestão ambiental, essa ação conta com investimento de R$ 185 mil”, ressalta Carolina. Mais 2 planos estão em fase de assinatura e já foram aprovados. São eles a elaboração do plano de manejo de uma unidade de conservação de proteção integral do monumento natural do Itans, que fica em Cajueiro da Praia, além de mais R$ 37 mil para aquisição de equipamentos para o fortalecimento da gestão dessa unidade de conservação. “Os planos de aplicação totalizam hoje cerca de R$ 2,1 milhão já com destinação fechada, ficando pendente cerca de R$ 1,6 milhão para analisar junto com a Semar, Órgão Ambiental do Piauí, onde será aplicado”, finalizou Carolina.