O Grupo Energisa apresentou seus compromissos de desenvolvimento sustentável até 2050, após um trabalho de um ano para concepção de cinco eixos e sete metas ESG. Muitas das ações já estão em andamento, como o projeto de descarbonização a partir da desativação de 20 termelétricas até 2025.

A primeira frente é viabilizar a inserção de fontes renováveis, alcançando 1,7 GW de potência instalada e promovendo o descomissionamento de 171 MW térmicos. Ter energia limpa e acessível a mais de 5 mil unidades consumidoras em áreas remotas das concessões também foi acordado.

Outro compromisso é ajudar os clientes no caminho da transição energética, por meio da oferta de soluções alinhadas aos 4 Ds ¬– Descarbonização, Digitalização, Descentralização e Diversificação. A meta é evitar pelo menos 510 mil toneladas de CO2 ao ano até 2026, o equivalente ao plantio de 3,6 milhões de árvores todo ano.

A mitigação de impactos no negócio do grupo com olhar sistêmico para a cadeia produtiva, uso consciente de energia, água, resíduos e redução de emissões também é um dos pactos firmados, buscando-se a neutralidade nas emissões de carbono até 2050.

Completam a lista uma maior igualdade de oportunidades à democratização do conhecimento em educação empreendedora e do fomento de ações para geração de renda. A ideia é ser percebida como empresa inclusiva e promover a empregabilidade de cerca de 70% do público capacitado em nossos programas de formação continuada nas comunidades. Por fim a aproximação da sociedade por meio de ações culturais e das manifestações dos valores regionais.

Companhia vem empreendendo ações e programas de universalização da energia em regiões remotas (Energisa)

Maturação e reconhecimento

Segundo a companhia, um período mais longo do que a prática usual para maturação das ideias foi necessário para garantir que a sustentabilidade fosse reconhecida de fato como um eixo central do negócio, o que foi discutido com diversas áreas do grupo, incluindo o Conselho de Administração.

Para marcar a validação das ambições e dar aos colaboradores a dimensão da relevância do assunto, a empresa convidou o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Sérgio Besserman, para um fórum interno a partir da palestra “O papel das empresas na construção da sustentabilidade e da economia de baixo carbono”.

Coube depois ao time da Energisa apresentar os cinco engajamentos e suas respectivas metas em linha com os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, agora validadas pelo CA, já que o assunto irá perdurar para além da atual gestão.

No pilar ambiental, a diretora de gestão e sustentabilidade, Tatiana Feliciano, citou o projeto que está reflorestando uma área de 3 hectares na aldeia indígena Nova Esperança (AC). Foram plantadas mais de 5 mil mudas de árvores nativas e frutíferas, além da construção de um viveiro e um banco de sementes que permitirá a continuidade da ação pelos próprios indígenas.

Além disso, foram realizadas atividades de capacitação em práticas agroflorestais e em arborismo para conseguirem selecionar as melhores sementes. “É uma iniciativa que pode ser potencializada pelo Fundo Floresta Viva, que a Energisa aderiu e sinaliza para outros projetos semelhantes no futuro”, destaca.