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A relação entre a formação de preço e a operação das termelétricas em base horária sofreu queda significativa em junho, na comparação com o mês de maio. O descolamento apontado pela plataforma Match da Energia passou de 73,3% para 40,2%, o que é explicado pela exportação de 1.300 MW médios para a Argentina e o Uruguai.

Com a recuperação dos reservatórios no último período chuvoso, o Brasil passou de importador a exportador de energia térmica para os países vizinhos a partir do início do período seco. A exportação, segundo a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia, não é considerada no aplicativo e, por isso, o “match” despenca.

Dados da plataforma da Abraceel desenvolvida pela Volts Robotics mostram que a geração verificada das térmicas em junho foi de 4.400 MWm, ante os 4.200 MWm do mês anterior. A diferença para a geração do aplicativo, no entanto, foi de 600 MW médios: 2.900 MWm contra 3.500MWm.

“Chamou a atenção porque esse match piorou tanto. Tinha melhorado com as chuvas e piorou com a exportação”, afirma o CEO da Volts, Donato Filho. O executivo explica que a exportação e a importação não formam preço, porque não há integração entre os mercados e os valores são pagos por fora.

Além da exportação, questões como inflexibilidade de usinas termelétricas e restrições operativas também resultam em descasamento entre preço e operação. A diferença é que, nesse caso, há custo adicional para o sistema.

“Quando você tem um descolamento entre operação e formação de preço tem geração de encargo”, lembra o vice-presidente da Abraceel, Alexandre Lopes. Isso acontece, por exemplo, quando uma usina que não estava programada é despachada ou quando uma usina não pode sair do sistema por questão de inflexibilidade.

“A ideia do match é você identificar onde estão essas divergências entre o programado e o ideal e identificar a razão. Nesse caso da exportação não tem que ser corrigido, mas em outros casos sim”, afirma Lopes.

Donato Filho também reforça que o modelo de despacho tem que refletir a operação, sendo capaz de responder a situações como uma declaração de inflexibilidade ou a saída de uma usina programada para operar. Isso tem muito a ver, segundo ele, com o fluxo de informações. “Tem um pedaço que é desenvolvimento do modelo mesmo e tem outro que gente tem que entender”, disse.

“A gente colocou o match em janeiro para criar esse hábito de as pessoas começarem a olhar mais para o match e exigir um maior acoplamento.”