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Com um olhar otimista sobre o que o novo mercado de gás tem proporcionado após a sua promulgação, a Âmbar Energia não descarta aquisições de ativos termelétricos. A empresa já tem as UTEs Mario Covas (MT – 529 MW) e Uruguaiana ( RS – 640 MW). Em entrevista à Agência CanalEnergia, o CEO Marcelo Zanatta revelou o interesse. “Nós estamos olhando todas as oportunidades. Temos muito apreço pela parte de termelétrica a gás”, afirma.

O executivo vê muitas oportunidades no mercado de gás em especial na região Centro-Oeste, já que a Âmbar tem um gasoduto Mato Grosso – Bolívia de quase 700 quilômetros com capacidade de transporte de 4 milhões BTU/dia sem compressão e 7,5 milhões BTU/dia após instalação de compressores. A perspectiva pode envolver a construção de novos gasodutos ou investimento em estações de compressão para transporte de GNL a pontos extremos.

No Sul, o deslanche do escoamento da produção da reserva do gás na região de Vaca Muerta – que pode vir a ser considerada a Houston Sul-americana pelo seu potencial de gás – viabiliza oportunidades para a UTE Uruguaiana. Além disso, a Âmbar também conta com a Petrobras para swaps de gás, que ainda pode envolver o gás da camada pré-sal. “É um mercado muito novo que está se desbravando”, observa. Na própria Friboi, do Grupo J&F, caldeiras abastecidas a biomassa pode ser convertidas para gás.

Na última semana, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica aceitou a substituição de usinas viabilizadas no Processo de Contratação Simplificado pela UTE Cuiabá. Zanatta comemorou a decisão, lembrando da complexidade para a elaboração da solução, da construção da usina anexa e que como a térmica Cuiabá é merchant, dificilmente seria acionada pelo operador. “Conseguimos a vitória na Aneel demonstrando que realmente é muito melhor para todos rodar os contratos dentro da UTE Cuiabá”, comemora. O contrato só será válido caso em 1º de agosto a obra da nova UTE esteja pronta.

Após a decisão da agência, o executivo não acredita em novas disputas. Ele criticou que o questionamento da troca de contrato tenha vindo de associações de consumidores, uma vez que na sua visão, foi a melhor decisão para todos, inclusive o consumidor. A Âmbar propôs entregar a energia da UTE Mário Covas e manter a construção das quatro usinas inicialmente previstas dentro do prazo contratual, reduzindo a receita fixa a receber e sazonalizando a inflexibilidade do contrato de 325,7 MWh.

Ele lembrou que a usina será entregue e que era uma condicionante do aditivo contratual aprovado pela agência. “Se [a usina] está sendo entregue e a gente consegue oferecer um desconto não tem porque ser questionado”, pondera. A construção da usina do contrato gerou cerca de 300 empregos.