Com a melhora nos níveis dos reservatórios, a geração de energia elétrica pela Petrobras apresentou redução de 68% no segundo trimestre em relação ao anterior e de 83% na comparação anual. O relatório de produção e vendas da companhia também mostra que a recuperação da hidrologia e superação da crise de 2021 também impactaram na redução de 11 milhões m³ por dia nas vendas de gás natural para termelétricas, com a queda nos despachos reduzindo em 57% as emissões totais de CO2 no segmento da petroleira.

Pelo lado da oferta, as entregas de gás nacional foram impactadas pelas paradas em plataformas entre os meses de maio e junho. Já a redução do volume de importação da Bolívia em 5 MMm³/dia decorreu de intervenções realizadas no país e redução unilateral das entregas por parte da YPFB. Mesmo nesse cenário, a menor demanda no período foi responsável pela redução no volume de regaseificação de GNL, que variou de 10 MMm³/d para 7 MMm³/d.

Produção de óleo e gás caem 5%

A produção média de óleo, LGN e gás natural alcançou 2,65 MMboed, 5% abaixo do praticado no primeiro trimestre e no mesmo período de 2021. O resultado é explicado principalmente pelo início da vigência do Contrato de Partilha de Produção dos Volumes do Excedente da Cessão Onerosa em Atapu e Sépia, com redução de participação da estatal. Outro fator foi o maior número de paradas para manutenções e intervenções no pré-sal e pós-sal, efeitos parcialmente compensados pelo início de produção de outros campos.

“Esses efeitos já estavam previstos no planejamento e não impactaram nosso guidance de produção para 2022, de 2,6 MMboed e variação de 4% para mais ou para menos”, diz a empresa no relatório. Por sua vez a produção total no pré-sal atingiu 1,94 MMboed, representando 73% do total extraído. Já a prospecção total operada chegou a 3,55 MMboed, 2,9% abaixo do primeiro trimestre.

Eficiência Energética

A companhia também reportou avanços rumo a maior eficiência energética e redução de emissões nas refinarias de São Paulo e Rio de Janeiro, além de uma melhor performance em todo parque de refino. Até 2025, o RefTOP, programa que visa aumentar esse fator de competitividade, prevê o desenvolvimento e implantação de 100 novos projetos de desempenho energético para melhor aproveitamento de insumos como gás natural, energia e vapor nas operações do refino.

A Intensidade Energética, que mede o consumo específico de uma refinaria, apresentou retração, mostrando que a estatal esta gastando menos energia para produção de derivados em relação a um consumo padrão. As emissões de gases de efeito estufa também reduziram, com resultado acumulado de 38,1 kgCO2e/CWT, contra um realizado de 40,4kgCO2e/CWT no ano anterior.