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Após arrematar o lote 7 do último leilão de transmissão, que prevê a ampliação de uma subestação no Pará, a Engie Brasil já analisa os projetos que potencialmente farão parte dos próximos certames. “Estamos avaliando a estratégia de participação e potenciais parcerias, como a deste último leilão nos Lotes 1, 2 e 3”, disse à Agência CanalEnergia o diretor-presidente e de Relações com Investidores da companhia, Eduardo Sattamini.
O executivo afirmou que a experiência adquirida nos últimos anos com participação em licitações, processos de M&As e na implantação das iniciativas próprias no segmento traz uma expectativa muito positiva para as próximas competições, no final do ano e em 2023.
“Vemos com bons olhos os avanços que a Aneel tem conseguido estabelecer para o setor, no entanto a alta competitividade vista pode trazer alguns riscos na execução dos projetos pois premissas bastante agressivas foram assumidas em relação ao cronograma de implantação e ao CAPEX”, avalia Sattamini.
(foto: Leandro Fonseca)
Projetos
O último lote arrematado pela empresa encontra sinergia com o Projeto Novo Estado, com 1.800 km de linhas em 500 kV entre o Pará e Tocantins, além de uma nova subestação e a expansão de outras três. Ao fim do primeiro trimestre desse ano, a implantação atingiu 92,6% de avanço geral.
“Considerando essa sinergia vimos uma oportunidade de otimizar esforços através da experiência de implantação e O&M que já temos na região, com as contratações relativas à ao Lote 7 estão em andamento”, informa. Já o Sistema de Transmissão Gralha Azul, no Paraná, que iniciou a operação comercial em 2021, admite 1.000 km entre 525 e 230 kV, cinco novas subestações e ampliação de outras cinco existentes.
O investimento total na implantação de Gralha Azul é de cerca de R$ 2 bilhões. Por sua vez Novo Estado, incluindo o custo de aquisição do projeto, chega a aproximadamente R$ 3,6 bilhões. Ademais as atividades iniciais do Lote 7 terão um aporte estimado de R$ 100 milhões.
(foto: Leandro Fonseca)
Desafios
Para Eduardo Sattamini a perspectiva de crescimento do setor de transmissão nos próximos anos trará grande pressão sobre a capacidade de entrega dos fornecedores (serviços, materiais e equipamentos). Situação agravada pela crise econômica mundial que trouxe grande volatilidade para a cadeia de suprimentos. Outro ponto de atenção é a provável escassez de mão de obra capacitada, que poderá gerar riscos adicionais em relação à saúde e segurança durante a fase de implantação.