A Neoenergia apresentou lucro de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre de 2022 (2T22), uma alta de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no consolidado do primeiro semestre do ano, o lucro foi de R$ 2,3 bilhões, aumento de 14%.

“Nossa trajetória vem sendo construída com uma sólida disciplina financeira, investimentos em inovação e desenvolvimento sustentável. No segundo trimestre deste ano, conseguimos manter o crescimento abaixo da inflação. A performance também está apoiada em nossa atuação nas áreas de concessão e rentabilidade dos nossos projetos”, disse o CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui. O executivo acrescenta ainda que a ampliação dos investimentos foi mantida, com foco na expansão do portfólio de geração de energia renovável e de redes.

Já o EBITDA da companhia atingiu os R$ 3,2 bilhões no trimestre e R$ 6,4 bilhões no primeiro semestre, sendo 40% acima na comparação com cada um dos períodos em 2021. O Capex no primeiro semestre de 2022 foi 30% maior do que o registrado entre janeiro e junho de 2021, atingindo R$ 4,6 bilhões.

Renováveis

No segmento de renováveis, a Companhia afirma que os resultados foram impulsionados pela entrada em operação, no segundo semestre de 2021, de Neoenergia Chafariz, complexo eólico na Paraíba com capacidade instalada de 471 MW. A geração de energia eólica apresentou um crescimento de 123,77% no segundo trimestre de 2022, em relação a igual período do ano passado, chegando a 917 GWh. Hoje, a companhia possui 32 parques em operação com capacidade instalada total de 987MW.

“O investimento em Renováveis é essencial para construirmos um futuro sustentável, com energias limpas que se tornarão cada vez mais acessíveis e indispensáveis. Em nossa estratégia precisamos garantir eficiência e planejamento para a consolidação de um sistema cada vez mais robusto rumo à transição energética”, ressaltou Capelastegui.

A Neoenergia investiu R$ 693,4 milhões nos parques eólicos no primeiro semestre de 2022, com destaque para os avanços na construção de Neoenergia Oitis, complexo localizado entre o Piauí e a Bahia que será o maior da companhia no segmento, com capacidade instalada de 566,5 MW. Em junho deste ano, Neoenergia Oitis entrou na fase de operação em teste, com antecipação de um mês em relação ao plano de negócios. Atualmente, o parque eólico está com 126MW em operação comercial e em teste.

Já os investimentos realizados em Neoenergia Luzia, complexo solar na Paraíba, somaram R$ 436,4 milhões nos primeiros seis meses de 2022. O empreendimento marca a estreia da companhia na geração fotovoltaica centralizada. As usinas solares somam, ao todo, capacidade instalada de 149MWp, totalmente destinada ao Ambiente de Contratação Livre (ACL), sendo toda a energia já comercializada até 2026.

No segundo trimestre, iniciou-se a geração do Neoenergia Luzia na forma de operação em teste, e a partir de julho teve início a operação comercial de parte do complexo. O começo da operação está em linha com o plano de negócios e a entrada completa em operação comercial se dará ao longo do segundo semestre de 2022.

Redes

Por outro lado, em Redes, a Neoenergia destinou nos primeiros seis meses do ano investimentos de R$ 2,5 bilhões para as cinco distribuidoras — Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP e MS) e Neoenergia Brasília (DF). Desse total, R$ 1,5 bilhão foi alocado na expansão de redes.

Segundo a companhia, as concessionárias encerraram o segundo trimestre com 15,9 milhões de consumidores ativos, um aumento de 309 mil em comparação com o mesmo período do ano passado. A energia injetada foi de 18.822 GWh no trimestre (+0,8% vs. 2T21), resultado puxado pela Neoenergia Coelba e Neoenergia Elektro. No que se refere à qualidade do fornecimento, as distribuidoras seguiram com resultado melhor do que os limites previstos para o indicador regulatório FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora). Em particular, a Neoenergia Brasília se enquadrou no FEC neste trimestre. Vale lembrar que, no plano de negócios da aquisição dessa distribuidora, esse indicador tinha previsão de enquadramento para 2023.

Entre os indicadores de perdas, o destaque foi a Neoenergia Brasília, que registrou percentual de 12,40%, o que representa o sexto trimestre consecutivo de reduções no indicador. Neoenergia Elektro e Neoenergia Cosern seguem enquadradas no limite regulatório, e todas as cinco distribuidoras apresentam tendência de queda. Já a taxa de arrecadação consolidada no segundo trimestre foi de 98,18%.

Transmissão

Vale lembrar que a Neoenergia arrematou dois lotes no leilão de transmissão 001/2022, realizado em junho pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O lote 2, projeto de maior extensão ofertado, prevê a construção de 1.707 km de linhas entre Minas Gerais e São Paulo. Além disso, a companhia venceu também o lote 11, no Mato Grosso do Sul.

Liberalizados

Em negócios liberalizados, o lucro líquido aumentou 120% em comparação com o primeiro semestre de 2021, e alcançou R$ 357 milhões. O EBITDA foi de R$ 519 milhões, 109% maior do que o registrado entre janeiro e junho do ano passado. A Neoenergia segue atenta para antecipar as necessidades do futuro e do mercado livre. Para isso, a companhia tem a tecnologia como uma grande aliada para a oferta de serviços e produtos que proporcionem as melhores experiências aos clientes.