Na última terça-feira, 26 de julho, a Neoenergia divulgou que obteve um lucro de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre de 2022 (2T22), uma alta de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no consolidado do primeiro semestre do ano, o lucro foi de R$ 2,3 bilhões, aumento de 14%. “2022 foi ano bem desafiador e apresentamos um resultado consistente. Estou muito orgulhoso”, disse CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui.
Em teleconferência realizada com investidores nesta quarta-feira, 27 de julho, Capelastegui destacou que o lucro líquido obtido no período mostrou o equilíbrio do EBTIDA e o resultado financeiro. O EBITDA da companhia atingiu os R$ 3,2 bilhões no trimestre e R$ 6,4 bilhões no primeiro semestre, sendo 40% acima na comparação com cada um dos períodos em 2021. Já o Capex no primeiro semestre de 2022 foi 30% maior do que o registrado entre janeiro e junho de 2021, atingindo R$ 4,6 bilhões. “O resultado consistente confirmou a contínua criação de valor para o acionista. EBITDA Caixa cresceu 78% e o lucro líquido 79%, desde o IPO”, explicou.
O executivo ainda destacou as 16 metas ESG aprovadas pelo conselho de administração para 2025 até 2030. “As metas reforçam o nosso compromisso com a agenda de sustentabilidade. Ainda destaco o financiamento da Neoenergia Coelba como IFC no valor de R$ 550 milhões num prazo de oito anos”, ressaltou Capelastegui. A companhia pretende aumentar a porcentagem de mulheres eletricistas e reduzir o índice das emissões de carbono.
O executivo adiantou ainda que eles estão avaliando realizar vendas de ativos não estratégicos da companhia. “Esperando ter novidades nos próximos 6 ou 12 meses. O projeto está em curso no mercado, mas não posso falar quais são”, salientou.
A Neoenergia pretende avançar em todos os projetos de redes (transmissão). Capelastegui destacou que o leilão de dezembro de 2019 que tem a expectativa de entrada em operação agora no segundo semestre de 2022. “Já o leilão de dezembro de 2020 tem 100% dos materiais e contratados e estamos avançando nos licenciamentos. E por último, o leilão de dezembro de 2021 já tem deferida a solicitação de dispensa de licenciamento ambiental”.
Ainda em Redes, a Neoenergia destinou nos primeiros seis meses do ano investimentos de R$ 2,5 bilhões para as cinco distribuidoras — Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP e MS) e Neoenergia Brasília (DF). Desse total, R$ 1,5 bilhão foi alocado na expansão de redes.
O executivo também lembrou que já deu início a operação dos complexos eólico Oitis e Solar Luzia. “O complexo Oitis (Piauí e Bahia possui 12 parques com capacidade de 566,5 MW. Já temos em teste 126 MW em operação comercial e a conclusão total do complexo deverá ocorrer ao longo do segundo semestre”, destacou Capelastegui.
Já o Complexo Luzia possui dois parques com capacidade de 149 MWp, tendo 124 MWp em operação teste e comercial. Vale lembrar que a operação comercial de 50 MWp foi iniciada a partir de julho de 2022 e a conclusão deverá ocorrer ao logo do segundo semestre.
No segmento de renováveis, a Companhia afirma que os resultados foram impulsionados pela entrada em operação, no segundo semestre de 2021, de Neoenergia Chafariz, complexo eólico na Paraíba com capacidade instalada de 471 MW. A geração de energia eólica apresentou um crescimento de 123,77% no segundo trimestre de 2022, em relação a igual período do ano passado, chegando a 917 GWh. Hoje, a companhia possui 32 parques em operação com capacidade instalada total de 987MW.
“O investimento em Renováveis é essencial para construirmos um futuro sustentável, com energias limpas que se tornarão cada vez mais acessíveis e indispensáveis. Em nossa estratégia precisamos garantir eficiência e planejamento para a consolidação de um sistema cada vez mais robusto rumo à transição energética”, ressaltou Capelastegui. A Neoenergia investiu R$ 693,4 milhões nos parques eólicos no primeiro semestre de 2022.