Nesta quarta-feira, 27 de julho, a EDP Renováveis revelou que atingiu um lucro líquido de € 265 milhões no primeiro semestre de 2022, uma alta de 87% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA da companhia totalizou € 976 milhões, um crescimento de 49% em relação ao 1S21. Já o EBIT que totalizou € 640 milhões.

Diante deste cenário, as receitas da EDPR totalizaram € 1,237 bilhão, uma alta 45% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, o preço médio de venda aumentou 27% maioritariamente devido aos preços de mercado na Europa e a atualização do quadro regulatório na Espanha.

“Apesar da complexidade do contexto atual, continuamos a cumprir o roadmap definido no nosso plano estratégico 2021-25. Os sólidos resultados operacionais registados no primeiro semestre de ano, com o crescimento da nossa capacidade instalada, bem como a capacidade recorde em construção, são um verdadeiro reflexo da resiliência e força da empresa. Além disso, alcançamos um sólido desempenho financeiro com crescimento significativo, em toda a nossa presença global, não apenas em receita, mas também em lucro líquido, continuaremos agregando valor aos nossos stakeholders e à sociedade como um todo”, disse o CEO da EDP Renováveis, Miguel Stilwell d’Andrade.

Por outro lado, a dívida líquida totalizava € 5,234 bilhões em junho de 2022, refletindo o forte crescimento dos investimentos no período, incluindo a aquisição da Sunseap, e Forex, e por outro lado, a caixa gerada por ativos e a estratégia de rotação de ativos.

De acordo com a EDP Renováveis, os resultados operacionais evoluíram positivamente ao longo do primeiro semestre do ano. Esse desempenho, sustentado pelo aumento de 16% da geração em relação ao ano passado, foi impulsionado pela capacidade instalada adicional e pelos recursos renováveis mais fortes. Em junho de 2022, a capacidade em construção alcançou o seu nível máximo com 3,2 GW, dos quais 1,8 GW de eólico e 1,3 GW de solar, devido à nova capacidade a ser adicionada em 2022 e 2023.

A capacidade instalada aumentou para 13,8 GW, um aumento de 1,2 GW em relação ao 1S21, com Europa e América do Norte representando 40% e 51% do portfólio, respectivamente, e apresentando maior diversidade tecnológica com 12,2 GW de eólico onshore, 1,3 GW de solar e 1,5 GW de capacidade bruta de eólico offshore em operação.

Com isso, nos últimos 12 meses a EDPR adicionou 2,5 GW de capacidade. Depois da conclusão de transações de rotação de ativos nos EUA e em Portugal na segunda metade de 2021 e na Polônia e Espanha no 1S22, a variação líquida do portfólio foi de +1,2 GW. No 1S22, as adições de capacidade somaram 0,6 GW, sendo principalmente impulsionadas pela integração dos ativos da Sunseap na APAC, que agora representa 3% do portfólio da EDPR. A rotação de ativos ascendeu a 0,3 GW na Europa.

Além disso, a EDPR produziu 17,8 TWh de energia verde no 1S22, uma alta de 16%, evitando 11 milhões de toneladas de emissões de CO2, com a Europa e a América do Norte a representarem 36% e 57% da produção total, respectivamente. Na Europa, a produção aumentou 10%, impactada pela maior capacidade instalada e recurso renovável estável. Na América do Norte, a produção foi superior em 12% refletindo o melhor recurso renovável registado nos EUA e Canadá. Na América do Sul, a produção aumentou em 111% dada a maior capacidade instalada no Brasil, parcialmente neutralizada pelo recurso renovável mais baixo.

Para finalizar, a EDPR alcançou um fator de utilização de 33% no 1S22 impulsionada por um Índice renovável superior em +2% à média de longo-prazo do fator bruto de utilização esperado.