Levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostra que a guerra entre Rússia e Ucrânia e as persistentes restrições impostas à circulação em grandes cidades chinesas devido à COVID-19, tem levado a uma queda do valor de venda do aço, ao mesmo tempo em que pressiona prazos de entrega e encarece os fretes, freando a indústria metalúrgica brasileira no primeiro semestre deste ano.
De acordo com o levantamento, o consumo no segmento, que é o mais representativo em termos de volume de energia, foi de 5.441 megawatts médios, com oscilação negativa de 0,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Das 10 classes de atividades monitoradas, cinco mantiveram estabilidade ou queda, com declínio maior na produção de laminados planos de aço (-5,1%) e metais não ferrosos e suas ligas (-2,3%). Entre as que registraram aumento, destaque para relaminados, trefilados e perfilados de aço (30,1%).
Além disso, a CCEE aponta ainda a crise logística internacional como fator para a oscilação negativa, que desencadeou preços mais altos e prazos maiores de produção e entrega.