A EDP registrou um lucro líquido de R$ 381,1 milhões no segundo trimestre de 2022, um aumento de 10,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,1 bilhão, aumento de 40,7% em relação ao segundo trimestre de 2021. “O resultado da EDP nesse trimestre demonstra que a empresa foi capaz de entregar ótimos resultados. Três palavras definem esses meses, entrega, eficiência e crescimento”, disse o CEO da EDP, João Marques da Cruz.

Em geração solar, a empresa dá andamento à estratégia de ampliar a sua participação nesse segmento, com o objetivo de chegar a 1 GW de capacidade instalada até 2025. Nesse sentido, anunciou, em abril, o projeto Novo Oriente, em parceria com a EDP Renováveis. Localizado no município de Ilha Solteira (SP), o novo empreendimento terá capacidade instalada de 254 MWac, com previsão de início de operação em 2024.

Em teleconferência com investidores, Cruz declarou que o segmento solar faz parte da estratégia da companhia e querem aumentar a participação. “O anúncio de investimento no solar para nós é muito importante e reforça a nossa parceria da EDP Renováveis. Queremos aumentar nossa participação nesse segmento e visamos ser, no grosso modo, uma empresa 100% verde”, ressaltou.

Já o segmento de transmissão foi um dos destaques no período. Exemplo disso é a conclusão do empreendimento Lote 18, Leilão Aneel nº 005/2016, entre São Paulo e Minas Gerais, com três meses de antecipação frente ao calendário regulatório e uma Receita Anual Permitida de R$ 248 milhões.

Além disso, em julho, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) autorizou a operação comercial das instalações Lote Q (Litoral Sul), que possui 142 km de linhas de transmissão. Com a conclusão da entrada em operação, a companhia passa a receber RAP de R$ 51,4 milhões.

Do lado de distribuição, o executivo destacou que esse segmento foi o que mais contribuiu para o crescimento do EBITDA. Com isso, a companhia também ampliou os investimentos em distribuição, totalizando R$ 351,2 milhões, aumento de 31,4% no trimestre. O montante foi direcionado, principalmente, à expansão do sistema elétrico, melhoria da rede e indicadores de continuidade de fornecimento, projetos de combate as perdas e investimentos em telecomunicações.

“Conseguimos obter novamente importantes resultados em geração solar, transmissão e distribuição, os nossos três principais eixos de crescimento. Os resultados da EDP no segundo trimestre demonstram eficiência, esforço e estratégia, e reforçam o nosso já conhecido compromisso com a qualidade. Os resultados financeiros que temos obtido aliados à nossa atuação em sustentabilidade apontam para a obtenção da confiança do mercado e da sociedade. A companhia vive uma nova fase, em que reforça ainda mais suas ações em prol da transição energética justa, e vem promovendo também a inclusão e a  diversidade, sempre com transparência e governança”, explicou o CEO da EDP no Brasil.

Venda e compras de ativos

Ele afirmou que a companhia não pretende vender ativos, embora gostem da ideia para aumentar a participação no solar. “Quando aparecer algum comprador que ofereça um bom valor, aí venderemos, mas caso contrário não precisamos vender. É um processo que está aberto e não estamos fazendo nada ativamente para que aconteça uma venda rápida”, explicou.

Além disso, durante a teleconferência, o executivo comentou sobre a possível compra da Enel Goiás. “É nossa obrigação analisar todas as oportunidades de distribuição e fazemos isso com muito bom gosto, porém nesse caso entendemos que no atual contexto do processo não temos interesse, mas respeitarmos obviamente esse processo”, disse.