Toda energia gerada pelas 13 hidrelétricas de Furnas rendeu R$ 137,9 milhões em 2021, em Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH), os royalties da água. O montante foi pago pela empresa à Aneel, que distribuiu às administrações estaduais e a 98 municípios de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, além de órgãos do Governo Federal.
Desde 2007, a companhia destinou mais de R$ 2 bilhões para a Aneel pelo uso de recursos hídricos para geração de energia em todo o Brasil. Minas Gerais foi o estado que mais recebeu compensação financeira, R$ 57,6 milhões, somando os recursos destinados às administrações municipais e à estadual. Goiás ficou em segundo lugar (R$ 33,1 milhões), seguido de São Paulo (R$ 12,6 milhões), Rio de Janeiro (R$ 5,3 milhões) e Mato Grosso (R$ 2 milhões). Entre os 98 municípios beneficiados, Niquelândia (R$ 7,2 milhões), em Goiás, e Sacramento (R$ 6,9 milhões), em Minas Gerais, foram os que captaram as maiores quantias. As cidades mineiras Frutal (R$ 3,5 milhões) e Tupaciguara (R$ 3,4 milhões), Corumbaíba (R$ 3,2 milhões), em Goiás, e Delfinópolis (R$ 3,2 milhões), em Minas Gerais, estão entre as seis primeiras do ranking.
Segundo Furnas, em 2021, a Agência Nacional de Águas (ANA) recebeu R$ 14,7 milhões em compensação financeira. Já o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) ficou com, aproximadamente, R$ 5 milhões, e os Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia recolheram R$ 3,7 milhões cada. Estados e municípios somaram cerca de R$ 111 milhões.
As hidrelétricas da companhia geraram o total de 25,5 GW médios de energia no ano passado, nas usinas de Furnas (MG), Batalha e Itumbiara (MG/GO), Funil (RJ/SP) e Simplício (RJ/MG), Luiz Carlos Barreto de Carvalho, Porto Colômbia e Marimbondo (SP/MG), Mascarenhas de Moraes e Jaguari (SP), Manso (MT), e Serra da Mesa e Corumbá I (GO).