O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 40.718 GWh em junho, crescendo 0,8% em relação ao mesmo mês de 2021, informa o último levantamento mensal da EPE, publicado nessa sexta-feira, 29 de julho. A classe comercial novamente lidera a expansão, seguida pela indústria, enquanto o consumo nas residências retraiu com temperaturas mais amenas. No acumulado em 12 meses a demanda registra 504.729 GWh, acréscimo de 1,8% comparado com o período imediatamente anterior.
Na indústria o incremento foi de 0,9%. Apenas o Sudeste apresentou retração, de 1,4%, enquanto Nordeste (+5,0%), Centro-Oeste (+3,4%), Sul (+3,3%) e Norte (+2,2%) subiram. Pelo segundo mês consecutivo, sete dos dez ramos mais eletrointensivos tiveram alta, sendo liderados pelos produtos alimentícios, que alavancado pelas exportações foi pelo sexto mês consecutivo a maior expansão, com 3,6%.
Produtos de borracha e material plástico, além de papel e celulose continuaram a impactar na demanda em junho, variando 6,9% e 5,2%. Já os setores têxtil, produtos minerais não-metálicos e automotivo apresentaram retrações de 1,3%, 0,8% e 2,8%.
Nos comércios o consumo de eletricidade aumentou 5,4%, com o setor serviços mantendo a performance da classe, assim como transportes e atividades turísticas. A região Sul liderou o crescimento, com 8,4%, seguida pelo Sudeste (5,9%), Centro-Oeste (3,6%), Nordeste (3%) e Norte (2%).
Na análise dos estados, alta em Minas Gerais (15,3%), Goiás (12%), Roraima (9,5%), Santa Catarina (9%), Rio Grande do Sul (8,2%) e Paraná (8%). Por outro lado Maranhão (-9,1%), Acre (-7,5%), Mato Grosso do Sul (-5,5%), Rio Grande do Norte (-4,7%), Amazonas (-2,0%), Amapá (-2,0%) e Rio de Janeiro (-1,5%) registraram taxas negativas de consumo. O clima mais frio e as chuvas intensas contribuíram em parte para a demanda nestes estados.
No segmento residencial o recuo de 0,6% foi puxado pelo Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, que sentiram mais os efeitos das temperaturas amenas e um maior volume de chuvas. Em contrapartida Norte e Sul apresentaram taxas positivas. Entre os estados reduções no Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá e Rio de Janeiro. Já Maranhão, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Roraima aumentaram seus consumos.
Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou alta de 4,8% no consumo do mês, enquanto o regulado retraiu 1,7%.