Nesta sexta-feira, 5 de agosto, Minas Gerais se tornou o primeiro estado brasileiro a alcançar a marca de 2 GW de potência instalada em Geração Distribuída. Dos 12 GW de potência instalada em GD que o Brasil possui atualmente, Minas Gerias é responsável por cerca de 16,7%. O estado é o líder nacional em GD, seguido por São Paulo, com 1,6 GW e Rio Grande do Sul, com 1,3 GW.

Os sistemas de geração própria de energia estão presentes em 841 ou 99,8% dos municípios mineiros, sendo Uberlândia a cidade com maior volume de potência instalada, com 93 MW. O estado havia chegado à marca de 1 GW em 13 de abril de 2021 – ou seja, em cerca de 15 meses Minas Gerais dobrou sua capacidade de geração própria de energia. O primeiro GW mineiro levou mais de dez anos para ser concretizado.

De acordo com Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída, Minas Gerais é um grande exemplo para o setor de GD, tratando-se de um estado que reúne condições muito favoráveis. Ele cita o custo mais alto da conta de energia para os consumidores comuns; uma boa capacidade de índices solares, já que há regiões disponíveis e mais acessíveis do que em outros estados; uma distribuidora predominante no local, o que contribui para o consumidor que quer utilizar a GD e a regulação em Minas Gerais permitir até 5 MW de potência instalada – compensando vários tributos na fatura de energia.

A energia solar é a mais utilizada pelos prossumidores mineiros (produtores e consumidores de energia), com 1,9 GW (95,7%), seguida pelas Centrais Geradoras Hidrelétricas, com 2,1%, e mini e micro termelétricas, com 1,2%. Segundo Chrispim, nos próximos anos, ampliar a diversificação das fontes empregadas em geração distribuída será um dos desafios do setor. Para ele, será preciso aproveitar melhor as possibilidades em biomassa e resíduos sólidos urbanos.

Em Minas Gerais, a classe de consumo comercial é predominante, respondendo por 706,7 MW; logo atrás vem as conexões residenciais, com 669 MW. Destaque também para as áreas rural e industrial, com 459 MW e 147 MW, respectivamente.