A Taesa avalia a sua participação em pelo menos dois dos próximos leilões de transmissão programados. A empresa não aponta quais projetos mais interessam, mas reforça que se posiciona na frente consolidadora de projetos de transmissão no país, inclusive, considerando aquisições no mercado secundário.

Quando perguntado sobre a participação da Taesa até mesmo em geração, o CEO da companhia, André Moreira, comentou que pode ser alvo de estudo da companhia. Contudo, destacou que essa atividade deve estar relacionada à conexão de renováveis e integra a rede que detém. Mas reafirmou que o foco está na transmissão de energia e consolidar essa posição.

“Nossa posição é de ser consolidadora do setor e olhar todas as possibilidades, até no mercado secundário com projetos brownfield. Estamos trabalhando já visando o leilão de dezembro cuja previsão é de investimentos de R$ 3,2 bilhões e também estamos de olho no ano que vem, um leilão que vem se desenhando importante, para esse ainda estamos aprofundando nossos estudos”, disse o executivo em teleconferência de resultados nesta quinta-feira, 11 de agosto.

Na avaliação de Moreira, os deságios vistos atualmente mostram a competitividade do segmento. Ele disse que a empresa, em sua alocação de capital, observa esses movimentos e atua de forma a mitigar esses efeitos. Essa ação dá-se por meio de planejamento prévio formando parcerias de projetos e capex que minimizam os impactos.

Aliás, diferentemente da Alupar que na sua teleconferência revelou estar encontrando dificuldades com epecistas, relatou que os pré-acordos com fornecedores e empresas para a construção de seus projetos têm sido importante para a empresa.

Segundo o diretor de Implantação, Luís Alves, os volumes de projetos nos próximos anos serão grandes no Brasil. Com essa estratégia de parcerias com diferentes empresas trabalhando desde o pré-leilão a Taesa afirma estar tranquila quanto à disponibilidade de mão de obra para esse segmento do setor.

“Na construção de linhas de transmissão e subestações, bem como no fornecimento de equipamentos e insumos, como torres e cabos, as parcerias nos garantem a disponibilidade de epecista e materiais”, relatou ele.

Sobre o apetite da Taesa nesses próximos leilões, o CEO da empresa, ressaltou que a companhia quer ser mais competitiva mas sem deixar de lado a disciplina financeira e a criação de valor para o acionista.