A Equatorial pretende avançar no segmento de distribuição de energia, principalmente nos processos de turnaround do Rio Grande do Sul e Amapá, melhorando a qualidade da operação e reduzindo as perdas dos respectivos ativos. “É natural o interesse da Equatorial em distribuição, é o nosso core, onde a gente nasceu”, disse Augusto Miranda, CEO da companhia.

Durante teleconferência realizada com investidores na tarde deste quinta-feira, 11 de agosto, o executivo foi questionado sobre o possível interesse na Celg-D, em Goiás. Ele foi bem claro e disse que não comenta oportunidades específicas, porém a companhia segue olhando oportunidades.

Ele ainda destacou que a Equatorial tem planos de comercialização e execução do pipeline de geração e comercialização. “Estamos com uma boa perspectiva com relação aos avanços do plano de comercialização que foi aprovado recentemente pelo conselho que tem foco em produtos específicos desenhados para o nosso público prioritário”, disse o CEO.

Com relação ao segmento de geração renovável, a Equatorial segue avançando na integração da Echoenergia nos negócios do grupo e tem observado todo o potencial do negócio, porém, o desempenho da geradora não foi classificado como bom no primeiro semestre.

Segundo o diretor da Echoenergia, Tinn Amado, será necessário gerar mais energia no segundo semestre para compensar. “A gente teve de fato uma geração que frustrou um pouco no primeiro semestre, mas gostamos de destacar que o primeiro semestre é menos preponderante no resultado do ano, no quesito vento, do que no segundo semestre. O EBITDA, considerando que o custo operacional é mais linear, tem um efeito mais forte quando você tem uma frustração de vento e dito isto a gente tem convicção de que o resultado do primeiro semestre não foi bom e então precisamos gerar mais no segundo semestre para poder compensar. Óbvio que não na mesma escala, dada sazonalidade, mas a gente precisa gerar mais e essa é a nossa expectativa”, explicou.

Concessionária de Saneamento do Amapá

A Equatorial deu início a operação de saneamento no Amapá e já foram contratados cerca de 300 colaboradores e realizados o cadastramento de cerca de 24 mil visitas a clientes. “Já iniciamos a instalação e substituição de medidores e já são mais de 1.500 hidrômetros instalados, um processo que começou pelos clientes de maior consumo. Também avançamos no cadastro de clientes e já realizamos a substituição do cloro gás no processo de tratamento de água e a recuperação de uma estação de tratamento de esgoto que estava desativada permitindo assim o início do faturamento desse serviço. Além disso, estruturamos laboratórios de controle de qualidade da água e estamos confiantes no sucesso de nossa operação e vamos seguir avançando a passos largos na agenda de geração de valor para este ativo”, finalizou o CEO da Equatorial, Augusto Miranda.