A Energisa registrou um lucro líquido consolidado de R$ 989,7 milhões no segundo trimestre de 2022, uma alta de 32,1% em relação ao mesmo período de 2021. De acordo com a companhia, o resultado foi afetado pelo efeito positivo de R$ 398,2 milhões referente à marcação a mercado de derivativos, sem efeito caixa, sendo R$ 382,2 milhões referente ao bônus de subscrição atrelado à 7ª emissão da Energisa, e R$ 16 milhões referente a opção de compra pela companhia da participação de minoritários da Energisa Participações Minoritárias. Já no semestre, o lucro líquido atingiu R$ 1,5 bilhão, uma redução de 3,2%.

Diante deste cenário, o EBITDA totalizou R$ 1,6 bilhão no trimestre, uma alta de 22,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No semestre, o EBITDA totalizou R$ 3,4 bilhões, incremento de 28,8% em relação ao 1º semestre do ano anterior.

Já a posição consolidada de caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras e créditos setoriais consolidados atingiram R$ 6,9 bilhões em junho, contra R$ 7,4 bilhões em março de 2022. “O lucro e o crescimento da geração de caixa operacional, refletem a capacidade do Grupo Energisa de manter taxas de crescimento consistentes ano a ano, com retorno para os acionistas e foco na diversificação dos negócios, sem perder de vista a qualidade para os clientes”, disse o CFO do Grupo Energisa, Maurício Botelho.

No 2T22, a receita operacional líquida consolidada atingiu R$ 6,1 bilhões, o que representa uma alta de 3% em relação ao registrado no 2T21. No acumulado em seis meses, atingiu R$ 12,7 bilhões, aumento de 10,7%.

As vendas de energia (mercado cativo + TUSD) avançam 1,4% no 2T22, frente ao 2T21, atingindo 9.180,1 GWh. Já considerando o consumo não-faturado o crescimento foi de 0,8% (9.024,3 GWh).

Vale destacar que pelo quinto semestre consecutivo, as perdas totais de energia elétrica consolidadas mantiveram-se abaixo do patamar regulatório. Segundo a companhia, graças às medidas de combate a fraudes e furtos, nove das onze empresas do Grupo apresentaram reduções de perda no fornecimento em relação ao mesmo período do ano passado, com destaque para a Energisa Rondônia e Energisa Acre, que reduziram 1,71 ponto percentual e 1,33 ponto percentual, respectivamente.

‘ERO e EAC, que assumimos em 2018, confirmam uma trajetória de redução consistente, iniciada no segundo trimestre de 2019. É fruto de ações estruturadas, como uso de ferramentas computacionais de última geração para seleção de alvos, monitoramento e gestão das ações de combate, ampliação da telemetria nos grandes consumidores, treinamento e aprimoramento das equipes de campo, além do investimento em medidas de blindagem que objetivam evitar a reincidência da fraude’, ressaltou Botelho.

A dívida líquida em junho de 2022, deduzida dos créditos setoriais, foi de R$ 20,8 milhões, contra R$ 17,2 bilhões em março de 2022. De acordo com a Energisa, o incremento é explicado em grande parte pela aquisição da Gemini Transmissora, pelo crescimento dos investimentos no período, notadamente no segmento de distribuição, e o maior custo do endividamento em razão do aumento das taxas de juros no país.

Para finalizar, os investimentos consolidados atingiram o total de R$ 1,6 bilhão no 2T22, aumento de 75,0% em relação ao mesmo período ano anterior. No semestre os investimentos foram de R$ 2,9 bilhões, alta de 60,2%.