A Light terminou o segundo trimestre do ano com um prejuízo de R$ 80 milhões, saindo do campo positivo de um ano antes. O resultado ebitda da companhia, contudo, aumentou 58,9% nesse período, para R$ 613,9 milhões. A receita operacional bruta encerrou em R$ 5,4 bilhões, alta de 8,6%.
No acumulado do ano a Light registra agora perdas de R$ 186,1 milhões, um patamar quase 4 vezes pior do que o reportado nos seis primeiros meses de 2021. Da mesma forma que na base trimestral, o ebitda aumentou, dessa vez em 41,3%, para R$ 1,1 bilhão. A receita operacional bruta somou R$ 11,3 bilhões até o fechamento de junho, alta de 5,5%.
A dívida líquida da Light estava em R$ 8,5 bilhões, o que levou sua alavancagem a um nível de 3,23x a relação entre esse indicador sobre o ebitda, uma redução ante os 3,44x do primeiro trimestre de 2022.
No ano o investimento da empresa somou R$743,4 milhões no consolidado, sendo R$338 milhões destinados ao combate às perdas.
Aliás esse indicador apresentou ligeira alta quando considerado as perdas não técnicas no mercado de referência que contempla a baixa tensão e o mercado atendido pelos sistemas subterrâneos. O índice é de 57,59% ante os 57,16% de março de 2022. Quando comparado ao ano passado o índice mostra recuo já que em 2021 estava em 58,22%. Ainda assim, o patamar regulatório da light é de 40,93%. As perdas totais da Light recuaram para 27,06% da carga fio. O patamar regulatório da empresa é de 21,53%.
O mercado total de energia no segundo trimestre da Light foi de 6.352 GWh, 177 GWh superior ao mesmo período do ano passado. Esse resultado, explica a empresa, decorre principalmente do crescimento de 62 GWh no mercado comercial, e de 92 GWh no consumo das concessionárias. O mercado livre finalizou o segundo trimestre de 2022 representando 33,2% do mercado total da distribuidora.
A Duração Equivalente de Interrupção de Origem Interna por Unidade Consumidora – DECi em 12 meses foi de 6,13 horas, no final do segundo trimestre, um aumento de 2% se comparado a março deste ano 22. Essa variação é resultado da maior ocorrência de eventos atmosféricos durante o período atual em comparação com o ano anterior.
Por sua vez, a Frequência Equivalente de Interrupção de Origem Interna por Unidade Consumidora – FECi foi de 3,23x, 0,6% menor se comparado a março quando ficou em 3,25x.
Dentre as áreas de atuação da empresa a Distribuição representou perda no trimestre de R$ 168,5 milhões uma piora de 120% ante o mesmo período de 2021. O resultado da Light em geração ficou positivo em R$ 22,4 milhões, retração de 59,3%, já na comercialização o lucro recuou 4,8%, para R$ 25,8 milhões.