A CPFL Energia encerrou o segundo trimestre do ano com um lucro de R$ 1,2 bilhão, alta de 12,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado ebitda consolidado da companhia ficou em R$ 2,8 bilhões, volume 38,7% a mais. Já a receita operacional bruta somou quase R$ 14 bilhões, patamar 9,8% a mais.
No acumulado do ano os ganhos da companhia chegaram a R$ 2,4 bilhões, nível 16,2% acima do que foi reportado no mesmo período de 2021. O ebitda consolidado ficou em R$ 5,5 bilhões, alta de 36,6% ante o apurado de janeiro a junho de 2021. Enquanto isso a receita bruta acumulou R$ 27,3 bilhões, alta de 8,7%.
As vendas de energia da empresa no trimestre somaram 17.231 GWh ou 0,6% a mais do que no mesmo período de 2021. No ano o volume é de 35.142 GWh, uma queda de 0,3%. O mercado livre vem crescendo na base trimestral, ficou 8,8% maior e na anual está 7,6% acima do verificado em 2021. Já o mercado cativo segue o caminho inverso com queda de 4,7% no trimestre e de 5% no ano. O ACR representa 59,5% das vendas da empresa e o livre os 40,5% restantes.
Os investimentos da CPFL Energia no ano somam R$ 2,6 bilhões, alta de 49,2% em comparação aos seis primeiros meses de 2021. No ano a estimativa é atingir um capex de R$ 4,8 bilhões para todos os negócios do grupo.
Com isso, a dívida líquida da companhia é de R$ 22,8 bilhões, aumento de 45,4% no período. E a alavancagem está em 2,04 vezes a relação dívida líquida sobre o ebitda, aumento ante a 1,88 vez do ano passado.
O segmento de distribuição é o maior negócio da empresa. Nessa divisão, as perdas de energia do grupo ainda estão em nível acima do regulatório. Apenas a CPFL Santa Cruz está abaixo do limite conforme mostra a tabela abaixo.
Em termos de indicadores de qualidade DEC apenas na área da RGE há um índice acima do que estabelece a Aneel. As demais áreas estão abaixo. Quanto ao FEC todas as distribuidoras atender o limite.
Por segmento de atuação a distribuição teve lucro de R$ 796 milhões, a geração com R$ 365 milhões, a transmissão de R$ 136 milhões enquanto a rubrica outros apresentou perdas de R$ 35 milhões no segundo trimestre. No acumulado do ano essas unidades de negócios apresentam ganhos de R$ 1,6 bilhão, R$ 659 milhões e de R$ 284 milhões. Em outros as perdas são de R$ 153 milhões.