“Estamos confiantes que em 2023 teremos uma demanda muito grande vinda dos Estados Unidos”, disse o CEO da Aeris Energy, Bruno Vilela. Ao que tudo indica, esse processo se dará em função da aprovação de um pacote no senado dos EUA onde foram aprovados US$ 370 bilhões para incentivar a geração e o consumo de energia renovável. “No próximo ano vamos ver muitos resultados em termos de demanda vindas de lá”.
O executivo afirmou que a TPI Composites, principal concorrente da Aeris, apesar de ser americana ela não produz para os EUA. Sua produção é destinada para China, Índia, Turquia e México. “Hoje já exportamos para os EUA cerca de 4GW, isso porque não estávamos de olho nessa região, apenas Brasil. Agora sabemos que vai chegar muita demanda depois desse pacote”, declarou Vilela.
Mesmo animados com essa possível demanda, a Aeris Energy registrou um prejuízo líquido de R$ 28,6 milhões no segundo trimestre de 2022 e um prejuízo de R$ 27,3 milhões no semestre. Já a receita operacional líquida atingiu os R$ 651 milhões no 2T22, uma alta de 21,4% em relação ao 1T22. No primeiro semestre, a ROL foi de R$ 1,1 bilhão.
O EBITDA ficou em R$ 67 milhões, com margem de 10,3%, crescimento de 23,6% em relação ao 1T22. No semestre, o EBITDA foi de R$ 121 milhões, com margem de 10,2%.
Durante teleconferência realizada com investidores nesta sexta-feira, 12 de agosto, o CEO da companhia também afirmou que concluiu uma negociação com a Vestas para a extensão do relacionamento até o final de 2026 com incremento de 3,3 GW de volume no modelo que eles fabricam atualmente, porém, não quis abrir mais detalhes sobre essa negociação. “O mercado brasileiro está aquecido e não vemos isso diminuir, pois se tiver máquinas teremos projeto para instalar”, ressaltou.
Para o segundo semestre de 2022, a companhia espera concluir o processo de amadurecimento das linhas instaladas em 2021, ao mesmo tempo em que busca redução no ciclo de conversão de caixa para voltarmos a gerar resultados condizentes com o capital investido.
Por fim, a Companhia investiu R$ 27,5 milhões no 2T22, principalmente destinados a conclusão das adequações fabris necessárias para o atendimento das transições de linhas de produção instaladas no 4T21.