Na próxima segunda-feira, 15 de agosto, Octavio Lopes assumirá o cargo de presidente da Light e pretende dar continuidade ao processo de mudança da companhia que teve início há dois anos. “É preciso aumentar essa velocidade de transformação”, disse o executivo.
Ele ainda declarou que um dos focos da sua gestão será a modernização da Light e pretende deixar os processos mais enxutos e ágeis. “Vamos focar no combate a perdas e acelerar os processos. Com isso, o aumento da arrecadação também será meta fundamental”, ressaltou Lopes.
Durante teleconferência realizada com investidores nesta sexta-feira, 12 de agosto, o CEO Interino da Light, Wilson Poit, destacou que com relação ao combate às perdas foram realizados investimentos em infraestrutura para reduzir a vulnerabilidade da rede e modelo de gestão que assegure a boa execução das atividades.
Além disso, com relação ao estudo de caso de Dom Bosco e Duque de Caxias os resultados de blindagem se mostram resilientes. As perdas diminuíram de 59,2% para 8,7%, após início do relacionamento com a comunidade e instalação das blindagens.
Outro ponto de destaque durante a teleconferência foi com relação a arrecadação que foi pressionada pela menor arrecadação do varejo devido ao aumento da base de clientes de baixa renda, apesar do ganho com o repasse da subvenção. O PECLD foi de R$ 67,3 milhões no 2T22, devido a reversão da PECLD não-recorrente nesse trimestre. Excluindo esse efeito a PECLD teria sido de R$ 107,8 milhões.
O EBITDA ajustado recorrente consolidado alcança R$ 608,4 milhões impulsionado pelo desempenho da Distribuidora. “O EBITDA Distribuidora registrou R$ 432 milhões devido a nova tarifa vigente a partir de março de 2022”, ressaltou. No caso da geradora, o EBITDA chegou aos R$150 milhões em função do reajuste dos contratos de longo prazo no ACL e menor receita no spot, dado o PLD baixo, apesar do maior volume. Já o EBITDA comercializadora ficou em R$ 31,6 milhões, devido ao menor volume comercializado e a queda do PLD e menores custos com compra de energia.
A companhia registrou no 2T22 um prejuízo de R$ 80 milhões, impactada pelo resultado financeiro negativo em R$ 608 milhões. “Apesar da melhora operacional, em especial da Distribuidora, o resultado foi comprometido pelo resultado financeiro mais negativo (maior dívida bruta e aumento do CDI e do IPCA). O resultado financeiro sofreu impacto negativo de R$ 152,4 milhões, sem efeito caixa, da marcação a mercado dos contratos de swap cambial”, explicou.
Os executivos ainda destacaram que a companhia obteve melhora na avaliação do MSCI Analytics, saltando de 6,1 para 6,8 mantendo a classificação A e aproximando da classificação AA. Além disso, a Light tem registrado avanços na agenda ESG, com -39% de frequência de acidentes, -3,6% no consumo interno de energia, uma alta de 7,2% em relação aos investimentos em P&D e um crescimento de 236,8% em investimentos em comunidades (PEE).