A previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico para o nível de armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste em agosto segue a curva de redução, normal para esse período do ano. A estimativa é de que fique em 54,4%. Com os dados atuais a projeção é de um volume equivalente a 32,9% na hipótese mais conservadora, e na mais favorável, com 49,3%.
Esse dado consta da atualização dos cenários das condições de atendimento eletroenergético do Sistema Interligado Nacional (SIN). As estimativas foram apresentadas na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Em uma avaliação que inclui janeiro de 2023, as previsões são da região que concentra 70% da capacidade hidrelétrica do país chegar com os seus reservatórios entre 42,2% e 62,3%.
Em relação às expectativas de afluências, a estimativa ficou entre 64% e 77% da Média de Longo Termo (MLT) para o SIN. Porém, explicou o ONS, como acontece sazonalmente no período conhecido como seco, em julho, já se observou uma redução significativa de precipitações, resultando em baixos valores de afluências nas usinas hidrelétricas, em quantidade inferior se comparado com as médias históricas em todas as regiões. No que diz respeito ao país, a previsão mensal para agosto é de 72% da MLT.
As simulações do ONS permanecem apontando para um pleno atendimento durante todo 2022, com os níveis de armazenamento dos reservatórios superiores aos verificados no ano passado.
Sendo assim, ainda é prevista a manutenção da geração térmica por mérito e inflexibilidade de cerca de 5.000 MW médios.
Durante a última reunião de agosto do CMSE, houve ainda a apresentação dos resultados do mais recente Plano Anual da Operação Energética (PEN), com previsões até 2026.
A edição 2022 destaca que, para os próximos cinco anos, a carga do SIN deverá crescer em média 3,4% ao ano, atingindo 80.818 MWmed ao final do período, valor este referente à 1ª Revisão Quadrimestral da Carga. Ainda considerando a mesma escala de tempo, deverá haver um acréscimo de cerca de 22 GW de capacidade instalada, totalizando 196 GW daqui a cinco anos. Deste acréscimo, as usinas eólicas e solares respondem por 13,6 GW.