A Omega Energia encerrou o segundo trimestre com prejuízo de R$ 93,3 milhões, melhorando 42% na comparação ao mesmo período de 2021. A companhia divulgou seus resultados financeiros na manhã dessa segunda-feira, 15 de agosto, reportando receita liquida de R$ 513 milhões, alta de 30%.
O Ebitda ajustado atingiu R$ 476,4 milhões no semestre, crescendo 14% mesmo com um segundo trimestre com ventos abaixo da média histórica. Nos três últimos meses o indicador ficou em R$ 244 milhões, subindo 35% na comparação anual.
Os custos e despesas operacionais da corporação diminuíram 5%, ficando em R$ 110,8 milhões. Já a dívida líquida registra mais de R$ 5 bilhões, tendo crescido 19% no período.
Na produção de energia houve queda de 16% para 1.266,6 GWh no trimestre, por alguns problemas operacionais nos parques eólicos. O resultado foi 297 GWh abaixo do esperado, resultante de 244 GWh ou R$ 62,7 milhões em incidência de recursos abaixo das médias, 29 GWh ou R$ 6,5 milhões em performance abaixo da meta e 23,5 GWh ou R$ 3,5 milhões pela parada programada em Assuruá 3 para conexão de Assuruá 4 no grid.
Crescimento de 38% até fim de 2023
Além da aquisição de aproximadamente 20% de participação na Omega, através da compra de ações no mercado secundário, a Actis e a companhia firmaram um investimento inicial de até R$ 850 milhões a um preço de R$ 16 por ação. A ideia é que o movimento suporte o plano de aportes da empresa nos próximos anos, incluindo 455,1 MW em projetos eólicos na Bahia, o ingresso em GD solar e o desenvolvimento de novos produtos digitais, como o que oferta descarbonização digital para o ambiente corporativo, recentemente lançado.
Outra parte essencial do plano é a entrada nos EUA, que traz fortes perspectivas de crescimento uma vez que o volume de recursos em expansão das fontes renováveis é 700% maior por lá do que no Brasil. Como primeiro passo, foi anunciado o primeiro projeto eólico no Texas, denominado Goodnight. Com capacidade para alcançar até 531 MW, teve a implantação de 265,5 MW já iniciada, com entrada em operação é prevista para o fim de 2023.
Combinando Goodnight 1, Assuruá 4 e Assuruá 5, a companhia atingiu um total de 720,6 MW, representando 38% de aumento de capacidade em ativos de alta escala e que devem ser comissionados ao longo de 2022 e 2023, e consequentemente levar o Ebitda a ultrapassar a marca de R$ 2 bilhões.
“Manteremos ritmo acelerado de crescimento e inovação, sempre disciplinados na alocação de capital, o que é simbolizado por Goodnight que, assim como os Assuruás, será um dos projetos mais rentáveis entre aqueles lançados na mesma época em seu mercado.” Finaliza o fundador da Omega Energia, Antonio Bastos Filho.