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Com mais de sete décadas de expertise em diferentes tipos de obras, como entre os 10 GW já construídos entre hidrelétricas, termoelétricas, parques eólicos e um solar, a Cesbe Engenharia anunciou o processo de reposicionamento de suas marcas, com nova identidade visual e a criação de uma área específica para o negócio energia. O movimento vem a partir do incremento significativo no volume de negócios da empresa, que exigem a adoção de um modelo de gestão adequado aos patamares de crescimento.

A Cesbe Energia agora consolida os ativos do grupo no setor, hoje com operação de duas linhas de transmissão no Paraná e Rio Grande do Norte, além de duas PCHs no Rio Grande do Sul. No ano passado o desempenho dos empreendimentos incrementaram em 150% a geração de caixa operacional. “Além do resultado financeiro, a equipe técnica foi redesenhada, assim como o modelo de gestão e reforço no pipeline de novos projetos que serão implementados até 2030”, disse à Agência CanalEnergia o diretor de Novos Negócios da Cesbe Energia, Alisson Forti,

Complexo Sol do Serrado prevê 765 MW instalados em Minas Gerais, num projeto para a Vale (Cesbe Engenharia)

Nesse ano a área de engenharia da companhia concluiu a obra de ampliação da UHE Paranapanema para Enel e está implantando os parques solares Sol do Cerrado, em Jaiba (MG) para a Vale, que totalizam 765 MW, e o projeto Lagoa dos Ventos V, de 399 MW para Enel Green Power, ambos a serem finalizados no início de 2023.

São 500 MW em novos ativos, a maioria para a fonte solar, o que dependerá também da concorrência para a construção de novas plantas. No caso Sol do Cerrado é a primeira construção da empresa na tecnologia fotovoltaica, após ter sido contratada para implantação da UFV Parque Norte, com 265 MW de potência e agora para a instalação total, que totaliza 765 MW.

Também irá iniciar neste mês as obras civis da UTE Novo Tempo, em Barcarena (PA), uma usina de 600MW contratada pela Toyo Setal e cuja previsão de conclusão é de 20 meses. Segundo a diretora Geral da Cesbe, Jacqueline Loyola, os projetos tiveram paralisações pontuais no período da pandemia, com o grande impacto na produtividade e custos de insumos e matérias-primas ligadas ao setor de infraestrutura e também energético.

Projeto da hidrelétrica Paranapanema, de 31,5 MW, foi encomendado pela Enel Green Power (Cesbe Engenharia)

Meta é mais que dobrar faturamento em 2022

Em 2019 o faturamento do grupo atingiu R$ 353 milhões, subindo para R$ 841 milhões em 2020 e diminuindo quase a metade em 2021, para R$ 441 milhões. Já para este ano a expectativa de faturamento ultrapassa R$ 1 bilhão.

“Somos um Grupo com mais de 75 anos de história e já passamos por diversos momentos desafiadores. Temos como diferencial nossa governança corporativa e solidez financeira que dá segurança tanto para Cesbe Engenharia como para a Cesbe Energia seguirem seus planos de crescimento”, comentou a executiva.

Quanto a carteira de clientes no setor elétrico, Loyola destaca as iniciativas solares e eólicas como protagonistas no cenário nacional, passando de uma capacidade de geração média de 150 MW para até 1 GW, o que atraiu a empresa para esses mercados.

“Hoje atuamos em todos as matrizes energéticas de geração e transmissão, em projetos de porte que abrem as portas para formação de parcerias, com objetivo de somar esforços e compartilhar riscos”, finaliza a diretora.