A Renova Energia fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 110,2 milhões, melhorando em 302,8% o resultado em relação ao prejuízo superior a R$ 54 milhões registrado no mesmo período do ano passado. A companhia apresentou suas demonstrações financeiras na última segunda-feira, 15 de agosto, apontando os ganhos com a alienação de ativos da UPI Enerbrás como um dos maiores impactos.
A receita operacional líquida atingiu pouco mais de R$ 48 milhões, alta de 88% resultante principalmente da entrada em operação comercial dos parques contratados. O Ebitda ficou positivo em R$ 188,8 milhões, em comparação com o resultado de R$ 3,3 milhões na comparação anual.
Já o passivo apresentou redução de R$ 336 milhões no trimestre, passando a R$ 2,6 bilhões. A liquidez da empresa também segue mais sólida. Com a venda das UPIs e a confirmação da conversão de R$ 770 milhões em créditos em ações de emissão pelo novo acionista controlador, a AP Energias Renováveis Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia e a Caetité Participações, é esperada uma redução de ordem de R$ 1 bilhão para o endividamento. A dívida líquida da empresa fechou junho em R$ 876,6 milhões.
As despesas registradas no segundo trimestre de 2022 totalizaram aproximadamente R$ 2,4 milhões, o que representa redução de 92,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento dos custos gerenciáveis aconteceu preponderantemente em função da necessidade de compra de energia para fornecimento no âmbito do contrato Light I, além da entrada em operação comercial de alguns parques do Complexo Eólico Alto Sertão III, assim iniciando os custos de O&M.
A implantação de Alto Sertão III segue na Fase A, cuja capacidade instalada em operação atingiu 264,6MW no segundo trimestre, distribuídos em 12 parques eólicos. A manutenção do desenvolvimento do portfólio acontecerá por projetos eólicos e solares em diversas regiões do Nordeste, com potência estimada em 6 GW, e com licença ambiental emitidas em 4,2 GW.