As tarifas da Celesc Distribuição ficarão em média 11,32% mais caras no próximo dia 22, com efeito médio de 16,81% para os consumidores atendidos em alta tensão e de 8,17% para os de baixa tensão. Para os consumidores residenciais, especificamente, o índice tarifário ficará em 7,66%, segundo o resultado do reajuste tarifário aprovado pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica nesta terça-feira, 16 de agosto.
Os encargos setoriais foram o item de maior impacto no reajuste anual da distribuidora, com peso de 8,23%. Dentro desse item, destaca-se a elevação da cota anual da Conta de Desenvolvimento Energético paga pelo consumidor, sob a rubrica CDE Uso, que aumentou 6,48%.
O restante corresponde ao Encargo de Energia de Reserva, que teve participação de 2,84%. Já o aporte feito pela Eletrobras na conta setorial este ano atenuou o custo da CDE em 2,41%.
Medidas de mitigação tarifária permitiram redução nas tarifas de 13%, dos quais 8,32% são resultantes do repasse integral de créditos tributários de PIS e Cofins recolhidos a mais do consumidor do mercado regulado. No caso da Celesc, o valor devolvido totaliza aproximadamente R$ 806,3 milhões.
Outro fator que reduziu o reajuste foi o rateio do Saldo da Conta de Comercialização de Itaipu entre concessionárias de distribuição que são cotistas da usina. O valor usado para a modicidade, no processo da Celesc, foi de R$ 239,5 milhões, o que resultou em atenuação tarifária de 2,47%. A empresa atende atende cerca de 3,28 milhões de unidades consumidoras em Santa Catarina.