A 2W Energia fechou o segundo trimestre com receita líquida contábil de R$ 346 milhões, alta de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia divulgou seus resultados nessa semana, reportando aumento nos volumes comercializados e na capacidade da estratégia flexível de trading. A empresa chegou a estar entre as três maiores comercializadoras independentes do país antes de 2020, quando verticalizou seu modelo de negócios com a inclusão ativos de geração, outro destaque do relatório.

Por sua vez, o prejuízo líquido da companhia diminuiu 9,8%, ficando em R$ 14,5 milhões. Já o Ebitda melhorou em 36%, no entanto ainda se encontra negativado em pouco mais de R$ 15 milhões. As despesas com vendas, gerais e administrativas somaram R$ 33,6 milhões, aumentando 145% em relação ao mesmo período do ano passado.

O primeiro parque eólico, Anemus Wind, deve entrar em funcionamento ainda neste ano e registrou avanços importantes no segundo trimestre, atingindo um total de 19 plataformas de montagem de aerogeradores finalizadas, com 13 bases com período de cura de concreto concluído, 10 bases concretadas em período de cura e 10 aguardando a concretagem.

Já Kairós Wind, segundo ativo eólico da companhia, obteve avanços significativos em sua estruturação financeira e segue em conformidade com o plano de negócios. A expectativa é de entrada em funcionamento a partir de 2023.

Flexibilidade no ACL

O segmento do atacado continua com grande representatividade, registrando trading com 477 contrapartes no trimestre e 1.036 nos últimos 12 meses. “Esta divisão tem um papel importante de trazer flexibilidade para nossa atividade de comercialização e funciona como uma boa fonte de inteligência de mercado, provendo informações sobre liquidez, preços e prazos, apoiando a gestão de riscos da companhia”, afirma o diretor de RI da 2W, Eduardo Portelada.

O varejo, no qual a empresa passou a atuar há pouco mais de um ano, segue em ritmo acelerado, com 45 novos clientes, somando um total de 5,1 MWm com preço médio de R$ 256,40 por MWh e prazo médio de 7,2 anos. Em migrações, a empresa diz contar com 7% do market share.

Para crescer no segmento a plataforma tem expandido seus consultores de energia 2W e VC, tendo apresentado incremento de 15% no número de consultores sobre o primeiro trimestre e aproximadamente 364% em relação ao mesmo período de 2021, totalizando 1.679 em junho de 2022. “É a maior rede de agentes comerciais do mercado de energia no Brasil e deve alavancar nosso avanço no segmento do varejo”, reforça Portelada.

O relatório informa ainda a economia gerada aos clientes que compraram energia no mercado livre, estimada em R$ 148,2 milhões nos últimos 12 meses, quando comparado com os preços do mercado cativo. Além disso, o uso da fonte renovável evitou a emissão de um total de 45,5 mil toneladas de CO2 nos últimos doze meses.

Entre outros avanços, a 2W destacou ainda o lançamento de sua fintech 2Wbank e a parceria com a GreenYellow, que levará energia solar e serviços de operação e manutenção por meio da geração distribuída a sete novos estados a partir de 2023. Serão 5 MW de capacidade instalada em cada usina, totalizando 35 MW entre São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Ceará e Piauí.