Após aprovação da Aneel na última terça-feira, 23 de agosto, a CGT Eletrosul assinou os contratos com as empresas responsáveis pela execução da infraestrutura associada a implantação e exploração do parque eólico Coxilha Negra, a ser construído em Sant’Ana do Livramento (RS). O investimento total é de R$ 2,1 bilhões, incluindo o fornecimento dos aerogeradores, instalação do sistema de transmissão e as obras civis.

O empreendimento contará com capacidade instalada de 302,4 MW e tem previsão de conclusão das primeiras turbinas para o primeiro trimestre de 2024. A energia gerada será disponibilizada no Sistema Interligado Nacional e comercializada mercado livre. É estimado também a criação de 1.300 empregos no decorrer da obra.

As três usinas que compõem o parque reunirão 72 aerogeradores em uma área de 8.466 hectares. Para a viabilização do projeto, serão construídos aproximadamente 100 km de novos acessos, além da revitalização de outros 56 km de estradas. As unidades terão potência unitária de 4,2 MW, fabricada pela Weg no Brasil.

O contrato inclui ainda os serviços de logística, montagem e comissionamento, além de operação e manutenção. Cada aerogerador possui 125 metros de altura e rotor de 147 metros de diâmetro, pesando mais de 1.300 toneladas.

Atualmente a CGT Eletrosul é proprietária do complexo Eólico Cerro Chato, composto por seis parques, com 69 aerogeradores em plena operação e 138 MW de potência instalada na região de Sant’Ana do Livramento (RS). Com a próxima implantação, a companhia alcançará a marca de 440 MW de geração a partir da força dos ventos.

Transmissão

Para escoar a energia é previsto um sistema de transmissão exclusivo. Serão duas linhas: Coxilha Negra 2 – Livramento 3 (230 kV) e LT Coxilha Negra 2 – Coxilha Negra 3 (230 kV), com 36 km de extensão total, além da rede subterrânea trifásica de média tensão (34,5 kV) com aproximadamente 200 km. Também serão implantadas duas novas subestações coletoras de 280 MVA e 140 MVA, além da ampliação de Livramento 3 (Sant’Ana Transmissora).