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O ONS apresentou um estudo sobre as condições meteorológicas do período de outubro de 2021 a agosto deste ano. Nesse período, apontou o órgão, apenas a bacia do São Francisco apresenta volumes de precipitação acumulada acima da média histórica. Esse patamar está na ordem de 16%.

Outro grupo de bacias que apresentou desempenho similar reúne o Tocantins, Paranaíba e o Grande que tiveram volumes acima de média até o final de março e depois o comportamento inverteu e está abaixo até o momento. Atualmente, os índices são negativos em 13% para o primeiro e 10% nos dois seguintes. No Uruguai o volume está menor desde o final do ano passado e encontra-se 5% a menos do esperado enquanto no Iguaçu está dentro do esperado, apesar de volumes abaixo da média, mais notadamente em março.

Tomando como base a MLT dos submercados nesse período, a conclusão do ONS é de que o período seco deste ano está mais seco que o normal. De abril a agosto à exceção do Sul, apenas o mês de abril no Norte, que esteve acima da média. Em julho todos os submercados estiveram abaixo da média que já é baixa. O destaque naquele mês ficou com o SE/CO que fechou como o 2º pior do histórico com 66% da MLT, mas em maio já tinha sido registrado o 4º pior para o período dentro da série histórica para aquele mês.

Apesar disso, no geral o SIN apresenta volume de 95% da MLT, o 45º melhor do período de 92 anos de medições. Esse nível é atribuído à melhora da região Sul que apresentou ENA equivalentes a 156% em abril, 223% em maio, 236% em junho, 72% em julho e de 132% em agosto.

A previsão de meteorologia para as duas próximas semanas no SIN mostra uma certa precipitação mais concentrada no Sul do país e só próximo ao dia 10 do mês que vem é que avança ao Sudeste. Contudo, a previsão é de volumes não significativos. Com isso, naturalmente os volumes de vazões nas bacias apresentem comportamento de recessão em todas as bacias do maior submercado do país, o SE/CO.

La Niña
O fenômeno meteorológico se faz presente na América do Sul e há um alerta de continuidade dessa condição, apontou o ONS. Essa previsão concorda com o que a Climatempo já havia citado no CanalEnergia Live dessa semana. Há possibilidade ainda de que haja a continuidade dos efeitos do La Niña no país até o último trimestre do ano.

Apesar disso, a intensidade do fenômeno é classificado na categoria fraca, mas representa a continuidade desse cenário. E os efeitos são o Sul com chuvas mais próximos da normalidade e no centro do país mais seco.

“A previsão de consenso é que de pelo menos até o final do ano vejamos a probabilidade de continuidade do La Niña, são 70% de chances de continuar até outubro a dezembro e depois desse período essa probabilidade começa a decair”, afirmou o meteorologista do ONS.

Em uma avaliação sobre a perspectiva de termos a estação chuvosa deste ano, apesar de estamos ainda longe de seu início, os dados históricos, quando comparados à situação atual do país em termos de climatologia mostram normalidade. Para esse período do ano há chuvas no leste da região Norte e essa situação é verificada hoje em dia.

Normalmente o período chuvoso acaba se caracterizando a partir de meados de outubro, então, o ONS destacou que é cedo para projeções mais assertivas. Contudo, a informação sobre a ocorrência de chuvas no Norte do país indica um comportamento de acordo com o esperado até o momento.

Geração térmica

Segundo o ONS, o atendimento à carga no país atualmente está sendo feita por meio das usinas hidrelétricas, geração solar e eólica. As térmicas que estão em operação são apenas as que declaram inflexibilidade. O ONS ressalta que o despacho está restrito ao mínimo possível no SIN nesse momento.

Para o mês de setembro, essa declaração no SE/CO é da ordem de 2 mil MW médios no final do mês; a retomada de Angra aumenta o volume de geração. No Sul a primeira semana é de 675 MW e depois recua a 330 MW. No NE a inflexibilidade é de apenas 3 MW médios na primeira semana e depois passa a 352 MW médios. No Norte é de 1.375 MW médios na primeira semana e depois recua para 1.148 MW médios.