Sob o contexto da crise energética e climática mundial, o Global Wind Energy Council (GWEC) e o Global Solar Council (GSC) divulgaram nessa quinta-feira, 1º de setembro, uma declaração conjunta sobre a necessidade de sinais de investimento mais robustos e permissões mais rápidas que possam acelerar a implementação de projetos de energias renováveis em todo mundo.

Segundo a publicação, os resultados podem ser alcançados pela definição de diretrizes robustas sobre a taxonomia verde, num sistema de classificação que permita identificar atividades, ativos e/ou projetos que apresentem objetivos sustentáveis com base em métricas ou metas preestabelecidas. A ideia é esse mecanismo garanta uma ordem de mérito para o aporte público/privado no segmento energético, o que pode mobilizar recursos em grande escala.

Outra ação no curto prazo é acelerar o licenciamento de parques eólicos e solares relevantes para a rede, por meio de procedimentos de chamada aberta para inscrições de projetos e uma série de medidas ágeis. O objetivo é acelerar as centrais onshore, offshore e fotovoltaicas no pipeline em desenvolvimento, totalizando cerca de 1.000 GW globais para construção nos próximos três anos.

Além dessas áreas, o documento reconhece a necessidade de investimentos em outros facilitadores de transformação para aliviar a dependência dos combustíveis fósseis e atender ao sistema energético, como infraestrutura de rede e transmissão, armazenamento de energia, eficiência e gerenciamento de restrições da cadeia de suprimentos.

O CEO da GWEC, Ben Backwell, disse ser crucial que os governos sejam claros sobre quais tecnologias são compatíveis com o alcance das metas climáticas globais em taxonomias verdes, e que embora reconheça a busca por geração fóssil para lidar com os atuais gargalos, é imprescindível que esses esforços sejam vistos apenas como medidas de contingência de curto prazo.