Uma parceria entre o Centro de Estudos Rioterra, Instituto Amazônia +21 e a Santo Antônio Energia está dando origem ao Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia (CBCA), em Porto Velho, no estado de Rondônia. O investimento inicial será da ordem de R$ 4 milhões, provenientes de recursos captados pelo Rioterra.
O CBCA será instalado em uma área de cerca de mil hectares nos arredores do reservatório da Hidrelétrica Santo Antônio, entre as comunidades da Vila Betel e Vila Nova de Teotônio. O terreno integra a área de preservação permanente da usina e foi cedido por um período de 25 anos, com fim exclusivo de instalação e operação do Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia.
O objetivo do centro é estimular o desenvolvimento econômico sustentável na região do Alto Rio Madeira, com ações de conservação, laboratórios de pesquisa, uma biofábrica e viveiro com capacidade para produzir até dois milhões de mudas por ano. As ações que serão conduzidas no local incluem recuperação florestal e o estabelecimento de vitrines tecnológicas, com foco em cadeias produtivas de sucesso na geração de renda para a população ribeirinha, como o cacau e o açaí.
Além dos benefícios ambientais para a região, a Santo Antônio Energia acredita que o CBCA é uma iniciativa inovadora, capaz de fortalecer o desenvolvimento da economia local e de impacto positivo no cotidiano das comunidades locais. “Contamos com a expertise e competências do Instituto Amazônia +21 e do Centro de Estudos Rio Terra, além do nosso time de especialistas em meio ambiente, para garantir que o Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia se torne um vetor de geração de renda, oportunidades e inovação”, disse o presidente da Santo Antônio Energia, Daniel Faria Costa.
“Ter um espaço onde poderemos mostrar diferentes métodos para fins específicos, como o Centro, será possível desenvolver pesquisas, qualificar mão de obra e trocar conhecimentos com outros órgãos ligados a esse tipo de ação, que só cresce. Estamos felizes com a parceria da SAE e do Instituto Amazônia + 21 nesse projeto, isso é um exemplo de ação concreta do setor privado nas agendas de conservação”, ressaltou o coordenador geral de projetos do Centro de estudos Rioterra, Alexis Bastos.
Já para o diretor do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, a parceria com a Santo Antônio Energia e o Centro de Estudos Rioterra mostra a capacidade das empresas e instituições da própria Amazônia para tornar realidade projetos de transformação da realidade local, com diferenciais que chamam atenção, como a conservação ambiental e a inclusão de comunidades tradicionais na economia. “Esse é o caminho para o desenvolvimento sustentável, tendo a Amazônia como protagonista de uma economia verde, inovadora e sustentável. Essa parceria construída em Rondônia orgulha a Amazônia e é um exemplo, uma referência para o Brasil prestar atenção”, finalizouThomé.