O IBGE informou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, recuou 0,36% no mês de agosto, o segundo mês consecutivo de deflação. No ano, o IPCA acumula alta de 4,39% e, nos últimos 12 meses, de 8,73%, abaixo dos 10,07% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Assim como já havia acontecido em julho, o resultado de agosto foi influenciado principalmente pela queda no grupo dos Transportes, que contribuíram com -0,72 ponto percentual (p.p.) no índice do mês. Além disso, o grupo Comunicação (-1,10%) também recuou, com impacto de -0,06 p.p.
No grupo Habitação, houve queda na energia elétrica residencial de 1,27%, embora menos intensa que a do mês anterior (-5,78%). As variações nas áreas foram desde -14,41% em Recife, onde houve a retirada, em 28/07, dos valores cobrados pelos serviços de transmissão e distribuição da base de cálculo do ICMS, até 11,16% em Vitória, onde houve reajuste de 10,37% nas tarifas a partir de 7 de agosto, além de aumento de PIS/COFINS.
De acordo com o IBGE, também foram registrados reajustes nas tarifas por kWh em Belém (7,71%), cujo aumento de 14,74% foi implementado em 7 de agosto, e São Luís (-6,22%). Na capital maranhense, o resultado ficou negativo pois o reajuste de 6,62% passou a vigorar apenas no final do período de referência, em 28 de agosto, e houve redução do ICMS em 13 de julho, além de retirada da cobrança sobre as tarifas de transmissão e distribuição.
Entre as regiões, apenas três das 16 áreas tiveram alta em agosto. A maior variação positiva foi em Vitória (0,46%), influenciada pela alta 11,16% na energia elétrica. O menor resultado, por sua vez, ocorreu em Recife (-1,40%), puxado pela queda de 16,23% nos preços da gasolina.