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A fornecedora australiana de soluções sustentáveis Nuseed e a empresa de biotecnologia GranBio firmaram uma aliança para Pesquisa & Desenvolvimento e comercialização nos mercados globais de cana-energia. A Nuseed comprou os ativos comerciais e de melhoramento de cana-energia da GranBio e o programa de P&D visando melhorar o valor da energia produzida por meio da inovação em cana bioenergética. O valor da transação não foi divulgado.

Com a parceria, a Nuseed vai acelerar o desenvolvimento de pesquisa, desenvolvimento e novos produtos de melhoramento para adoção comercial em larga escala da cana-energia na indústria sucroalcooleira e de bioenergia no Brasil, além de expansão para outros mercados globais. A GranBio vai manter o investimento no desenvolvimento de cana no país e através da Nuseed vai ter a licença exclusiva da cana-energia como matéria-prima para aplicações 2G no campo lignocelulósico, como açúcares celulósicos e lignina, etanol 2G, bioquímicos, SAF e materiais renováveis.

O acordo entre as duas empresas vai permitir que a cadeia de valor da biomassa ao combustível seja fortalecida de maneira que garanta de maneira segura matéria-prima renovável em grande escala e sem competição com alimentos. Os clusters de dedicados de tecnologia 2G utilizando cana-energia viabilizarão biorrefinarias neutras em carbono para responderem à demanda global da SAF e às metas da IATA 2050. As tecnologias para cana-energia da GranBio podem potencialmente reduzir significativamente o consumo de gasolina em países tropicais onde a biomassa da cana supera outros energéticos, reduzindo a pegada de carbono neutra ou até ficando negativa.

Os projetos de biorrefinarias 2G em clusters dedicados com tecnologia da GranBio estimam que em apenas 50.000 ha de cana-energia irrigada será possível produzir o equivalente a 100 milhões de galões de Net Zero SAF já a partir de 2028. Zonas tropicais e subtropicais em regiões da América Latina, Sul dos EUA, África, Ásia e Austrália, correspondem a mais de 700 milhões de hectares de terras potencialmente disponíveis não usadas para culturas alimentares.

De acordo com o CEO e fundador da GranBio, Bernardo Gradin, o diferencial da operação é a visão inovadora que a Nuseed tem para trazer como core business o desempenho de plantas e a agregação de valor em rendimento. Ainda de acordo com ele, a australiana apareceu quando o número de clientes da empresa aumentou e demandou mais recursos e a busca por novos investidores. “A Nuseed foi a que se encaixou melhor, pela visão de longo prazo e pela disposição de uma aliança estratégica”, explica. Segundo ele, o acordo de cooperação criará uma solução global muito poderosa para garantir a biomassa como matéria-prima confiável em escala para biocombustíveis, incluindo etanol 2G e SAF 2G, em harmonia com produção alimenta.

Brent Zacharias, CEO da Nuseed, se mostrou entusiasmado com a parceria, lembrou que a empresa vem tentando agregar valor a cada etapa da cadeia de valor. Com mais de 300 funcionários, a Nuseed possui centros de inovação e pesquisa em três locais diferentes ao redor do mundo. Zacharias vê o Basil como empolgante em termos de oportunidade., capaz de fornecer soluções para o mundo inteiro. Para o executivo, o desenvolvimento será acelerado através de melhores práticas agronômicas genéticas para condições restritas de solo e novas sementes , que permitirão mais pesquisas de produtos. “A aliança de longo prazo que firmamos com Grand Bio apoiará a expansão da energia”, avisa.

Gradim também ressaltou o potencial bioenergético do Brasil, embora a parceria não inclua cana-energia plantada e comercializada com uso para geração de energia elétrica. Esse uso poderá ser feito diretamente pela Nuseed com os clientes. Já a aplicação de cana-energia para o 2G, SAF e bioquímicos faz parte direta da parceira e a GranBio tem um acordo de exclusividade para o licenciamento. de biomassa Sobre o RenovaBio, o executivo revelou que se a regulamentação se tornar eficiente de modo que as empresas possam se beneficiar e houver um mecanismo previsível sólido e confiável no qual os mercados de capitais possam investir, também acarretará em aceleração de investimentos.