A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informou que o mercado livre de energia atingiu a marca dos 10.585 consumidores em agosto, registrando crescimento de 6,6% na comparação com dezembro de 2021. O segmento permite negociar contratos diretamente com fornecedores do insumo e já corresponde por mais de 35% do consumo total de eletricidade do país.

Na avaliação da CCEE, a expansão está atrelada a três grandes fatores: maior viabilidade financeira, previsibilidade orçamentária, com contratação sob demanda, e a possibilidade de opção por um fornecimento de fontes renováveis.

Segundo a CCEE, a categoria Livre, que agrupa consumidores com carga maior que 1 MW e que podem negociar energia gerada por qualquer tipo de fonte, cresceu 14,7% no ano. Já a faixa especial, formada por agentes com demanda contratada entre 500 KW e 1 MW e que têm o direito de adquirir energia de fontes incentivadas, como eólica, solar, biomassa e de Pequenas Centrais Hidrelétricas, avançou 5,5%.

Nos últimos meses, o Ministério de Minas e Energia realizou uma Consulta Pública para tratar da abertura do mercado livre para todos os consumidores que são atendidos em alta tensão. A proposta da entidade, que prevê a liberalização para essa faixa a partir de 2024, contou com a colaboração técnica da CCEE, para que o processo ocorra de forma contínua, sustentável e previsível.