A Eletronuclear recebeu financiamento externo para extensão de vida de Angra 1. A primeira liberação é de US$ 13 milhões e refere-se ao reembolso de gastos já realizados no âmbito do chamado Engineering Multiplier Program (EMP) do programa de extensão de vida útil da usina. O financiamento foi firmado pela geradora com o Banco Santander, e garantia do US Eximbank e contra garantia da holding Eletrobrás.

O EMP realiza estudos de viabilidade e serviços de pré-engenharia, design e meio ambiente. O valor total do financiamento contratado é US$ 22,3 milhões com amortização dos montantes já liberados em 10 parcelas semestrais iguais na modalidade SAC. A taxa de juros aplicada é o TERM SOFR de 6 meses, que substituiu a taxa LIBOR, com um spread de 1,05% ao ano.

O programa de extensão visa estender a vida útil dessas centrais por mais 20 anos. Originalmente foram licenciadas para operar por 40 anos, conforme padrão norte-americano. Angra 1 entrou em operação em 1985, ou seja, deveria gerar até 2024. Com esse projeto, o objetivo de efetuar as medidas necessárias para que a unidade possa continuar a operar até 2044.

A geradora explica que esses programas de gerenciamento de envelhecimento da usina, que são realizados com o suporte técnico da americana Westinghouse, desenvolvem análises e estudos, além de realizarem atividades de preparação que integram o programa LTO, assim como sua implementação nos processos e procedimentos da usina.

No momento Angra 1 está parada para reabastecimento. Procedimento que ocorre, aproximadamente, a cada 14 meses e é programado com, pelo menos, um ano de antecedência. Nesse momento são realizados também levantamentos de campo e inspeções relativas à extensão de vida da unidade. Em dezembro de 2023, a companhia precisará submeter, ao órgão regulador, a 3ª Reavaliação Periódica de Segurança (RPS) da usina – principal marco do processo de licenciamento para a operação de longo prazo de Angra 1.

Apesar de Angra 2 ter mais prazo de sua vida útil já licenciada, a Eletronuclear informa que já realiza estudos para implementar um Programa Integrado de Gestão do Envelhecimento de Sistemas, Estruturas e Componentes.