O Brasil precisar atrair investimentos privados e o atual momento é visto como o importante para o país. Essa é a avaliação do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, que defendeu o estabelecimento de marcos regulatórios estáveis e um mercado aberto para que a competitividade seja estimulada. O norte é o de proporcionar energia limpa, segura e barata.

Entre as ações que ele defendeu diante de uma plateia de empresários em almoço promovido pelo Lide, ele lembrou que o país tem energia barata, mas uma conta cara. E isso, afirmou, deriva de uma situação classificada por ele como errada. Entre os pontos de crítica estão os subsídios e protecionismos.

“Temos que diminuir o poder de escolher uma tecnologia (..), quem tem que escolher é o mercado, o que ele quer”, disse ele defendendo a competitividade. “Estou trabalhando para que os contratos sejam cumpridos, agora, para o futuro eu trouxe um pessoal para mudar os leilões para que estes reflitam os preços das coisas. Nosso foco é o de trabalhar para gerar energia limpa e barata, com isso, certeza que nosso país crescerá”, destacou ele.

Sachsida disse que o ministério tem trabalhado ainda em pontos importantes para o setor. Um desses é a revisão de marcos legais, sinalizando com mais liberdade, pois segundo ele, é o mercado que sabe onde estão os problemas. Outra questão que também mereceu destaque é a questão da judicialização do setor, apontado como um dos maiores problemas que o setor enfrenta, citando nominalmente o PCS e o linhão Manaus-Boa Vista. Inclusive, citou que em breve a solução para esse ponto deverá ser alcançada, mas sem dar mais detalhes.

“São questões de Estado, o setor terá que sentar e ceder um pouco de cada lado para endereçarmos os problemas”, apontou.

Por mais de uma vez o ministro defendeu que o mercado livre é o caminho que o Brasil deve seguir. Criticou os subsídios, inclusiva da geração distribuída, que onera os mais pobres em favorecimento a quem pode pagar por sistemas de geração própria. Lembrou que ao abrir o mercado se tem a solução. Mas que para isso é necessário revisitar os marcos legais, separar fio e energia, entre os temas que precisam estar nas discussões do setor.

“Subsídio não é o caminho, a solução se dá via mercados que são mais eficientes e esse é o norte que procuraremos manter. Vou trabalhar nesse sentido”, acrescentou ele lembrando que a CDE este é de R$ 32 bilhões e que recentemente colocaram mais R$ 8 bilhões em uma citação clara às emendas feitas à MP 1118 três semanas atrás. “Não dá para continuar assim”, alertou.

A questão do financiamento ao setor elétrico também está na agenda do MME. Sachsida disse que está com uma agenda de encontros com o mercado financeiro para que este possa fornecer instrumentos para financiar o setor elétrico. E ainda, facilitar a atuação do setor privado no país, inclusive em atividades como mineração de insumos que são amplamente utilizados no setor como o lítio.