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Na reta final de um complexo processo de recuperação judicial, a Oi realiza um trabalho estratégico na gestão energética, buscando diversificar a matriz de consumo ao migrar para fontes renováveis. Atualmente, cerca de 50% da matriz de energia da Oi é proveniente de fontes renováveis (biogás, solar e hídrica) e a meta da companhia é aumentar o uso dessas fontes para 80% até o fim deste ano e chegar a 100% até 2025.
“Estamos buscando o cumprimento de um plano agressivo de implantação de usinas em geração distribuída e também migrações de unidades de alta e média tensão para o mercado livre de energia, com o objetivo de termos mais de 80% da matriz energética proveniente de fontes renováveis já ao final de 2022. Adicionalmente estamos estudando a compra de certificados de energia renovável visando assegurar uma matriz energética totalmente limpa até 2025”, disse o diretor de suporte ao negócio da Oi, Daniel Hermeto.
Segundo o executivo, entre as ações que a empresa está adotando para migrar para fontes renováveis está a contratação de projetos para implantação de usinas de geração distribuída (as quais serão 35 usinas ao final de 2022), além da migração acelerada de unidades consumidoras de média e alta tensão para o mercado livre de energia. “Ao final de 2022 teremos quase 450 unidades consumidoras operando com energia adquirida no mercado livre”, ressaltou.
Vale destacar que desde 2019 a empresa já investe em GD, com usinas em operação desde fevereiro de 2020. “Atualmente já temos 23 usinas conectadas, com previsão de outras 12, já contratadas, para conexão e entrada em operação até o final de 2022. Através de seus parceiros, a Oi contribuirá de forma indireta com investimentos totais em Geração Distribuída da ordem de R$ 500 milhões somente em 2022, com uma geração de energia total equivalente ao consumo anual de mais de 88 mil domicílios”, explicou Hermeto.
O executivo ainda declarou que a companhia já opera no mercado livre de energia desde 2015, com um total de 407 unidades consumidoras já migradas. “Há outras 32 unidades consumidoras que já foram alvo de criteriosa análise financeira e que justificam a sua migração para o mercado livre, cujo processo de implementação se dará nos próximos 120 dias. Ao final do ano de 2022, teremos aproximadamente 53% do consumo total da Oi proveniente de contratos do mercado livre”, afirmou.
Além dos investimentos para adequação das subestações e medidores de energia, necessários para a migração de unidades consumidoras para o mercado livre de energia, a companhia investe em sistemas de gestão de energia, tais como telemetria, monitoramento online de consumo, alarmística, além de sistemas de captação automatizada de faturas junto a distribuidoras de energia pelo país. “Também, ainda que de forma indireta, a Oi, através da contratação de projetos de usinas de geração distribuída, demanda investimentos relevantes, da ordem centenas de milhões de reais somente em 2022”, disse o diretor da Oi.
O relatório de sustentabilidade da Oi mostrou que a empresa tem adotado uma série de ações para minimizar o impacto ambiental, como iniciativas para redução do consumo de água, energia elétrica, coleta seletiva nos principais prédios administrativos, coleta de aparelhos celulares e baterias em lojas, além da reciclagem de materiais utilizados. O reuso de equipamentos por exemplo gerou em 2021 uma economia de CAPEX de e R$ 44,5 milhões e o recondicionamento dos materiais de estoque gerou uma receita adicional de R$ 2,7 milhões.
De acordo com Hermeto, os projetos de eficiência energética seguem firme no propósito de gerar valor para os clientes, colaboradores, acionistas e sociedade de forma geral, através da busca incessante pela redução e eficiência no consumo, mas também adquirindo a energia a custos competitivos e provenientes de fontes renováveis.
“Já realizamos a substituição de aproximadamente 120 mil lâmpadas fluorescentes por LED, estamos efetuando o retrofit de unidades de climatização de alto consumo energético e estamos trabalhando de forma diligente no adensamento ou decomissionameto de estações de cobre, cujos serviços tem sido substituídos pela tecnologia em fibra ótica de banda larga, providos através de equipamentos bastante mais modernos e eficientes do ponto de vista de consumo energético. Vale também comentar que estamos trabalhando na viabilização de projetos de peak-shaving, já com alguns pilotos bem sucedidos realizados. Além disso, estamos ampliando a nossa operação de telemetria para mais de 200 novos imóveis, permitindo uma melhor gestão do consumo e, consequentemente, redução da energia contratada. As ações de eficiência energética são um conjunto de atividades que, somadas, representam um grande aliado para minimização dos impactos ambientais”, finalizou Daniel Hermeto.