O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou os cenários para atendimento da demanda de energia nos próximos seis meses. Pelas projeções, o principal subsistema do País, o Sudeste/Centro-Oeste, responsável por acumular 70% da água, deverá chegar ao final de fevereiro de 2023 com níveis entre 45,3% e 72,6% nos cenários conservador e favorável, respectivamente. Em fevereiro de 2021, um momento crítico, os reservatórios estavam com o nível médio de 29,5%.

Nos demais subsistemas, as estimativas para o final de fevereiro de 2023 também apontam para um cenário semelhante. O subsistema Nordeste, responsável por acumular 18% da água, deve atingir níveis entre 76,2% e 80%, superiores ao aferido em fevereiro de 2021 (52,2%) e similares àquele de fevereiro de 2022 (81,7%). No Sul, as projeções apontam níveis entre 40% e 42% em fevereiro de 2023, perspectiva mais favorável ao patamar registrado ao final de fevereiro de 2022 (28,3%). Por fim, a estimativa para o subsistema Norte para o mesmo período aponta para níveis entre 73,8% e 96,5%, uma estabilidade, no cenário mais favorável, em relação a fevereiro de 2022 (97,8%) e superior a fevereiro de 2021 (52,2%).

Os estudos conduzidos pelo ONS apontam as seguintes projeções para a Energia Natural Afluente (ENA) em fevereiro de 2023 considerando, respectivamente, os cenários menos e mais otimista em cada um dos subsistemas: 76% da MLT e 96% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste; 44% da MLT e 66% da MLT no Sul; 76% da MLT e 110% da MLT no Nordeste; e 100% da MLT e 157% da MLT no Norte. No que diz respeito ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a previsão do mesmo índice para fevereiro de 2023 é de 75% da MLT no cenário mais desfavorável e de 102% da MLT em condições mais otimistas.

Segundo o Operador, as projeções para o final de fevereiro de 2023 indicam o pleno atendimento de energia e de potência, ou seja, há recursos suficientes para atender todo o consumo previsto. As perspectivas de ENA para o período setembro-fevereiro no cenário menos favorável foram reduzidas em cerca de 2,6 GWmed em relação ao cenário da reunião do CMSE de agosto. Considerando a hipótese mais otimista, a redução projetada é de 1,9 GWmed ante a estimativa anterior.

Durante a reunião do CMSE, o ONS também apresentou possíveis ações que poderão ser adotadas com o objetivo de garantir o suprimento de energia nos dias de eleição, como previsto na Resolução nº 1/2005 do CMSE, que determina que o Operador deverá propor iniciativas de segurança a fim de garantir o suprimento em eventos de grande relevância. O ONS divulgará em breve o Plano de Comunicação sobre Operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) durante as Eleições 2022.​