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O estado do Amazonas está no centro da estratégia de crescimento da Eneva, que nos últimos 2 anos já realizou investimentos de cerca de R$ 2 bilhões naquela região. No começo desse ano a geradora lançou os compromissos de ESG 2030, onde pretende implantar três vertentes principais e interdependentes.
A primeira é atuar para reduzir a intensidade de emissões por MW gerado, investindo em tecnologias para redução das emissões, eficiência energética e energias renováveis. A segunda é trabalhar para desenvolver os territórios onde a empresa atua. No caso da região amazônica, que possui grandes desafios em relação ao índice de desenvolvimento humano, promovendo parcerias locais para que as operações tragam, além do desenvolvimento econômico, desenvolvimento ambiental também. E a terceira vertente está focada no socioambiental, onde a Eneva está trabalhando com apoio às iniciativas que promovam a biodiversidade .
Para Aline Louise, gerente de ESG e Responsabilidade Social, a Eneva vê a biodiversidade como parte da estratégia de crescimento, “Embora se tenha um impacto territorial pequeno no que diz respeito à biodiversidade, o gás natural tem essa característica de ter projetos em espaços pequenos, que não precisa de devastação de grandes áreas para realizar o negócio de gerar energia, mas mesmo assim, entendemos que sendo um promotor de desenvolvimento econômico naquela região, podemos ser mais um vetor da promoção com o cuidado dessa biodiversidade”, destacou.
Apesar de não operar em áreas diretamente afetadas pelo desmatamento, a empresa desenvolve voluntariamente ações de preservação ambiental e de promoção do bem-estar da população nos 500 hectares da Amazônia Legal que estão sob sua gestão buscando o menor impacto possível. Especificamente sobre biodiversidade existem duas frentes que acontecem dentro das reservas legais da empresa. Uma é projeto piloto em agroflorestas, voltado para incentivar a produção orgânica de mel e café. A ideia da iniciativa é desenvolver cultivos que estão alinhados com a manutenção da floresta em pé. Isso acontece no Leste da Amazônia, onde 400 famílias estão envolvidas no projeto que está em fase inicial. O segundo acontece no Maranhão e se chama Reflorestar, que consiste, nesse primeiro momento, em recuperar 60 hectares de mata.
“A companhia segue alinhando com os órgãos ambientais para entender qual a melhor forma de desenvolver essa iniciativa, se é fazendo por meio de sistemas agroflorestais ou por meio de florestas propriamente ditas, visto que o Maranhão está no meio da fronteira entre a Caatinga e a Amazônia”, ressaltou Louise.
A intenção da Eneva é multiplicar por mil os resultados já alcançados e chegar à consolidação de 500 mil hectares até 2030. Para isso, a empresa foca em cinco eixos: o estímulo à bioeconomia e agroflorestas; o apoio a unidades de conservação; a restauração de áreas degradadas; o monitoramento territorial; e a adoção de ações em linha com o mercado de carbono. Para desenvolver suas ações estratégicas na Amazônia, a Eneva firmou parcerias com entidades como o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
Na parceria com o BNDES, por meio do Programa Floresta Viva, a Eneva se comprometeu a liberar R$ 10 milhões para integrar um grupo formado por grandes empresas que financiam um projeto de restauração florestal até 2030. O Floresta Viva é uma iniciativa de restauração ecológica de biomas brasileiros. O programa envolve a formação de corredores ecológicos e recuperação de bacias hidrográficas, com investimento de R$ 500 milhões em sete anos.