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A Hitachi Energy investiu cerca de US$ 10 milhões em sua fábrica de componentes localizada em Guarulhos, em São Paulo, após triplicar a sua produção no Brasil nos últimos três anos. “Conseguimos crescer três vezes em três anos, graças a nossa participação no mercado brasileiro e as exportações”, disse o head de marketing e responsável comercial pela empresa no Brasil, Glauco Freitas.

De acordo com a companhia, muitos transformadores produzidos na fábrica de Guarulhos vão para os Estados Unidos, Canadá, Egito e África do Sul. “Esse era um mercado que não era tão grande e tivemos que desenvolver a nossa capacidade de exportar. Contudo, o nosso dilema foram as especificações e as normas de cada local. Foi um grande desafio nos adaptarmos a esses mercados e tivemos um grande ganho com essa situação”, ressaltou o responsável pela planta de transformadores de Guarulhos, Alexandre Malveiro. Ele ainda destacou que as exportações estão relacionadas principalmente as energias renováveis.

Segundo Glauco Freitas, a companhia está aumentando a presença no segmento de renováveis no Brasil. “De todas as plantas do País estamos presentes em 50% das plantas eólicas e solares. Isso mostra a nossa atenção para esse mercado e nos preparamos para atender. O transformador é o equipamento principal”, disse. Ele ainda afirmou que hoje muitas associações brasileiras discutem se o País terá condições de atender esse mercado.

“Eu acho importante destacar que a Hitachi Energy disputa espaço com renováveis, outros segmentos e exportações. Os transformadores são suficientes, mas disputam espaço com outros mercados. O preço do aço para o transformador, por exemplo, varia muito. Estamos trabalhando para torná-las mais atrativas. O mercado de transmissão tem que ser mais atrativo quanto os outros mercados e as exportações. A Aneel precisa prestar atenção nisso”, alertou o executivo.

Ele ainda afirmou que no próximo leilão que ocorrerá no final do ano, a Hitachi está interessada em cinco lotes. E estão de olho nos leilões para o próximo ano. “Ao total serão em torno de R$ 53 bilhões de investimentos (leilões) que já tem data. Esse mercado tem que ser atrativo para os fabricantes. A Aneel tem que tomar cuidado com a atratividade desse mercado, com Capex e fórmulas de reajuste”, explicou.

De acordo com o country manager da Hitachi Energy Brasil, José Paiva, dentro do grupo esta é a fábrica que faz mais números de transformadores ao longo do ano. A planta também é responsável por produzir buchas de 550KV, a primeira da América Latina a produzir esse produto. “Hoje a eletrificação global esta em torno de 20% e na nossa visão deverá alcançar 50% no mundo em 2050. Até 2030, nosso sistema de energia precisará evoluir e nós acreditamos que a eletricidade será a espinha dorsal de todo o sistema de energia”, ressaltou o executivo.

A mudança climática extremamente urgente e importante para limitar o aquecimento global a 1.5°C. Paiva ainda afirmou que se pensarmos na Europa e EUA o aquecimento durante o inverno consume uma quantidade significante de energia e não temos esse problema no Brasil.

Além disso, a Hitachi Energy acredita num rápido crescimento das vendas de veículos elétricos que deverá subir 62 milhões de unidades por ano globalmente em 2050, acima dos 6,4 milhões em 2021. Vale lembrar que no final de 2018 a Hitachi e a ABB anunciaram a fusão sendo 20% ABB e 80% Hitachi. E a expectativa é que a Hitachi Energy assuma 100% da operação até julho de 2023.