O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro recuou 0,37%. Esta foi a segunda deflação consecutiva do IPCA-15. Em agosto, o índice fechou em queda 0,73%. Esse indicador é uma prévia da inflação que vem recuando em decorrência de isenções de impostos. O grupo Habitação onde está energia elétrica subiu 0,47% no mês, puxado por gás de botijão (0,81%), aluguel residencial (0,72%) e energia elétrica (0,41%).

De acordo com o IBGE, apesar da deflação no índice geral, os preços de somente três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados recuaram. A maior influência veio dos Transportes (2,35%), com impacto de 0,49 ponto percentual (p.p.) negativo no mês. Além disso, houve recuo nos preços de Comunicação (2,74%) e Alimentação e bebidas (0,47%), com impactos de 0,14 p.p. e 0,10 p.p., respectivamente. A queda nos Transportes deve-se ao recuo nos combustíveis (9,47%). Sendo que o etanol recuou 10,10%, gasolina 9,78%, óleo diesel 5,40% e gás veicular 0,30%.

No lado das altas, a maior variação veio de Vestuário (1,66%), que acelerou em relação a agosto (0,76%). Destaca-se, ainda, o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,94%), que teve a segunda maior variação e o maior impacto positivo (0,12 p.p.) no índice de setembro. Os demais grupos ficaram entre o 0,12% de Educação e o 0,83% de Despesas pessoais.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,63% e, em 12 meses, de 7,96%, abaixo dos 9,60% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2021, a taxa foi de 1,14%.

Nove das 11 áreas que integram o IPCA-15 tiveram quedas em setembro. A menor variação ocorreu em Recife (0,93%), influenciada pela queda nos preços da gasolina que recuaram 13,85%. A maior variação positiva foi em Belém, alta de 0,50%, puxada pela energia elétrica residencial que aumentou 10,52%.