De acordo com a agência de classificação de risco Fitch Ratings, a venda da Enel Goiás beneficia a estrutura de capital do grupo Enel e possibilita fazer frente aos esperados fluxos de caixa livre (FCFs) negativos de 2022 e 2023.
Segundo a agência, os recursos da transação permitem que a Enel Brasil mantenha sua estratégia de investir em geração através de fontes renováveis e em suas outras distribuidoras, com necessidades menores de novas captações. Atualmente, a Fitch classifica a Enel Brasil e suas demais subsidiárias com o rating nacional de longo prazo AAA(bra), com perspectiva estável.
A Fitch afirmou que a entrada de R$ 4,8 bilhões no caixa da Enel Brasil fortalece a liquidez do grupo e o ajudará a financiar os FCF negativos de R$ 2,4 bilhões e R$ 1,8 bilhão esperados para 2022 e 2023, respectivamente. Ainda de acordo com a agência, o movimento segue a estratégia da empresa de foco em distribuidoras com atuação em grandes áreas urbanas e de crescimento em geração de energia de fontes renováveis.
Rating Enel Goiás
Por outro lado, a Fitch colocou em observação negativa o rating nacional de longo prazo AAA(bra) da Enel Goiás. A ação de rating veio após o anúncio da venda das ações para a Equatorial Energia.
De acordo com a Fitch, caso a transação seja concluída, o rating da Enel Goiás passará a ser avaliado de acordo com os incentivos legais, estratégicos e operacionais que o grupo Equatorial terá para suportá-la, caso necessário. Em bases isoladas, o rating da Enel Goiás seria diversos graus inferior ao do grupo Equatorial. O rating atual da Enel Goiás reflete estes incentivos em relação à Enel Brasil.