Diversas empresas estão caminhando para melhorar sua performance em sustentabilidade, ESG e transição energética. A postura das companhias precisa ser cada vez mais claras na direção para uma transição justa e inclusiva e suas ações alinhadas aos seus valores e propósito. Nesta quarta-feira, 28 de setembro, a Rio Oil & Gas debateu como tem sido os compromissos e a transparência das empresas com a performance em ESG e as metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Para que os riscos sociais, ambientais e de governança sejam identificados e mitigados, garantindo a manutenção dos investimentos e a importância dessa indústria na geração de benefícios, é preciso saber quais são os indicadores e modelos de relato e transparência que devem servir de benchmark (parâmetro usado como referência para análise de desempenho do investimento em relação a um indicador) no setor de óleo e gás, garantindo a sustentabilidade da evolução desses compromissos até o atingimento de suas metas.
Como já dito anteriormente em outros painéis, o foco é resiliência e persistência. Como os líderes e a governança decidem pelo que vale a pena investir e onde focar? Quais indicadores devem efetivamente ser observados e perseguidos por empresas de óleo e gás, no sentido de contribuir efetivamente para uma mudança de uma economia de baixo carbono inclusiva e justa?
Para Ana Buchaim, gestora de Marketing, Comunicação e Sustentabilidade da B3, não é possível falar em indução e boas práticas se a empresa não estiver engajada realmente nesse propósito. “Transparência é fundamental em qualquer papel de governança. Temos compromissos públicos com práticas ESG”, destacou.
Toda empresa, de uma forma ou de outra, será impactada pela transição energética, é preciso identificar a área onde o rendimento é mais satisfatório. “Estamos aqui para estimular as companhias a diminuírem as emissões e fazer o possível para zerar suas emissões de carbono”, apontou Jaime Gornsztejn, Diretor de Governança Corporativa da Hermes. O executivo ainda complementou: “Usamos nosso poder de voto nas empresas para induzir essas mudanças positivas. Também temos compromissos com a descarbonização, temos metas intermediárias de redução de carbono e prestamos conta aos nosso acionistas dessas ações”.
O ponto de partida das empresas deveria ser o casamento da estratégia e com a sustentabilidade. “Quando uma companhia quer fazer um projeto, deve iniciar pela materialidade e sua governança. Olhar a gestão, a sustentabilidade e o lado social. Esse é ponto chave para iniciar uma agenda ESG. E claro, ter engajamento dos acionistas é outro ponto fundamental”, finalizou Ana Buchaim.