A carga verificada no mês de setembro indica queda de 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse dado foi apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico no primeiro dia da reunião do Programa Mensal de Operação para outubro realizado nesta quinta-feira, 29 de setembro. Esse índice está bem maior do que o estimado no início do mês que indicava queda de 1,2%. Agora para outubro a previsão é de que a carga apresente alta de 3,9%. Esse consumo de setembro, explicou o ONS, deve-se principalmente às temperaturas mais amenas dos dois maiores submercados do país, que derrubou o consumo, o menor quando se considera todos os meses de 2022.
Com esse dado do mês que termina nesta sexta-feira, 30, a previsão para o consolidado de 2022 recuou ante a 2a revisão quadrimestral da carga, agora a previsão é de expansão de 1,3% ante estimativa de alta de 2,1%.
Um dos grandes responsáveis pela retração da carga é o maior submercado do país. No Sudeste/Centro-Oeste é registrada queda de 5,6%. Para outubro, a previsão é de alta de 4,5% e em novembro está em 2,1% de expansão. Com isso, a previsão anual nesta região é de alta de 1,4% na comparação com 2021, ante estimativa de 1,9% da 2ª revisão quadrimestral.
No sul a queda é da mesma ordem de grandeza, de 5,5%, e mostra um nível bem mais reduzido do que qualquer outro mês do ano. Contudo, a previsão de outubro é de alta de 4,6% e novembro da ordem de 2,4%. Caso as previsões sejam confirmadas a carga nessa região ficará 1,4% mais elevada do que em 2021, nível 0,8 ponto porcentual a menos do que se esperava anteriormente.
Já no Nordeste a carga de setembro é 6,7% menor. Diferentemente dos outros dois submercados, em outubro é esperada queda de 4,2% ante 2021 e em novembro a queda é estimada inicialmente em 3,2%. Com isso, no ano a previsão é de retração de 0,9% ante o que foi registrado em 2021, mesmo assim o NE ultrapassaria o Sul e assumiria o segundo maior volume de carga do país com 11.351 MW médios contra 11.294 MW médios do submercado que engloba os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Por sua vez, no Norte ainda há um crescimento expressivo quando comparado ao ano passado. E isso porque continua o efeito da retomada de um grande consumidor, a Alcoa, que retomou a operação de uma unidade naquela região. Em setembro o aumento ficou em 6%, apesar do aumento, apontou o ONS. Esse valor ficou abaixo do esperado. Mesmo assim, os dados esperados são de 14,3% em outubro e 18,1% em novembro. No ano a expectativa de carga é de alta de 6,8%, 0,6 p.p abaixo do projetado na última revisão quadrimestral.