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Observando muitas oportunidades de negócios na área da eletrificação da indústria, a Siemens Energy vem voltando o olhar para a eletrificação.  De acordo com Armando Juliani, Diretor da área de Services & Digitalization, EPC Power Generation da Siemens no Brasil, a intenção é que a divisão de eletrificação, automação e digitalização dobre de tamanho em 2025, se valendo da vantagem de ser uma empresa que atua com todos os tipos de fontes. “Somos uma empresa integrada no fornecimento de pacotes e soluções de energia para os nossos clientes”, afirma, em entrevista à Agência CanalEnergia na Rio Oil & Gas, realizada na última semana, no Rio de Janeiro (RJ).

A empresa voltou a fornecer e-houses, subestações modulares pré-montadas usadas para uso em situações para soluções provisórias ou em locais de difícil acesso. Segundo Juliani, elementos de eficiência energética como a melhora na performance dos equipamentos e a redução no consumo de energia levam ao movimento da eletrificação. Ele conta que no momento a Siemens está trocando uma turbina a vapor por um motor elétrico de uma planta no Nordeste, realizando os estudos de engenharia e o cálculo dinâmico, para definir o motor e instalá-lo.

O executivo vê a indústria do óleo e gás com um nicho de mercado promissor nos próximos anos, já que cada campo de petróleo tem a sua própria geração de energia. Juliani visualiza dentro de um campo uma plataforma suprida por energia eólica ou ao invés de turbinas a gás, motores elétricos para acionamento. “Você vai contribuir com a descarbonização”, aponta. Ainda segundo ele, eletrificação maior vai ajudar o mundo em termos de reduzir as emissões de carbono.

A eletrificação viria em etapas. Em um primeiro momento, os passos seriam pequenos, com a busca pelo aumento da eficiência energética. O segundo momento é o de neutralização das emissões. Já o terceiro é visto como o da grande virada, sem emissões de carbono. Juliani considera essa escalada em etapas importante, já que os poços novos, por não necessitarem de adaptações, poderão já nascer eletrificados, na fase 3, enquanto os que já estão em operação, por já possuírem uma estrutura, poderiam adotar as etapas 1 e 2.

Ele conta que o setor petroquímico tem se preocupado com a eletrificação, assim como automobilístico, especialmente as montadoras europeias e japonesas. A pauta ESG tem influenciado as decisões nesse sentido, principalmente por vir de multinacionais estrangeiras que vão acabar refletindo no Brasil.

A diversidade da matriz brasileira é vista como uma grande vantagem por Juliani, que destaca o potencial do hidrogênio no Brasil, que pode ser utilizado para exportação, já que ainda não há uma grande produção desse energético no mundo e são necessários grandes montantes para zerar as emissões.