De acordo com o Instituto de Energia e Meio Ambiente, há chances de o próximo leilão A-5, que será realizado na próxima sexta-feira, 18 de outubro, viabilizar usinas a carvão. No certame, os projetos termelétricos a biogás e a carvão mineral nacional deixarão de disputar diretamente com outros combustíveis, o que segundo o instituto pode favorecer esses tipos de usinas. O Iema alerta que a chance de contratação de uma UTE a carvão mineral pode produzir diversos impactos socioambientais.

O estudo ‘Inventário de Emissões Atmosféricas em Usinas Termelétricas’, mostrou que em 2020 doze termelétricas brasileiras emitiram 55% dos gases de efeito estufa de todas as térmicas conectadas ao sistema. Oito delas têm o carvão mineral como combustível. Ainda de acordo com o Iema, a eficiência energética da UTE a carvão é baixa e as usinas empregam mais combustível para gerar a mesma quantidade de eletricidade que outra mais eficiente produziria.

Outros pontos destacados pelo Iema é que as usinas a carvão emitem poluentes prejudiciais à saúde e causadores de doenças respiratórias, além da utilização da água para resfriar seu sistema, o que podendo trazer estresse hídrico para a região onde ficam localizadas.