Em 23 dos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, o mercado livre de energia aumentou participação no total de energia elétrica consumida localmente. Em três estados houve ligeiro decréscimo e não há dados para Roraima. Esse cenário está descrito na edição de setembro do Boletim da Energia Livre, publicação da Abraceel que mostra o panorama mensal do mercado livre de energia no Brasil. No Brasil, o mercado livre de energia foi responsável por atender 37,2% da demanda nacional por eletricidade em julho, contra 34,4% em janeiro deste ano.
Houve crescimento do mercado livre nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Maranhão, Amapá, Pará, Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal. No Amazonas, Rondônia e Goiás não houve crescimento. Em Minas Gerais e no Pará, mais da metade da eletricidade demandada mensalmente pelos consumidores já é proveniente do mercado livre de energia.
O destaque no mês ficou com o Rio de Janeiro e os estados do Sul do país, onde a participação do mercado livre no consumo estadual total avançou mais de 4 pontos percentuais em 2022. Em preparação à nova onda de abertura do mercado, Brasil já registra 482 comercializadoras de energia, das quais 49 surgiram nos últimos 12 meses.
A quantidade de unidades consumidoras no ambiente de contratação livre cresceu 18% em 12 meses, confirmando um movimento de forte expansão. Do total de unidades consumidoras no mercado livre de energia atualmente (29.259), 15% migraram nos últimos 12 meses (4.422).
Nos últimos 12 meses, 49 novas empresas surgiram, quatro por mês. Dos comercializadores, 53 são varejistas, que vão representar os futuros consumidores livres com demanda abaixo de 500 kW na CCEE. Mais 17 varejistas estão em fase de habilitação.