O Estudo Estratégico GD Remota, produzido pela consultoria Greener, indica que a crescente demanda por energia solar por assinatura, para atender principalmente consumidores do setor de varejo e serviços, deve alavancar o mercado de geração compartilhada nos próximos dois anos. Segundo o levantamento, a modalidade de GD remota vai exigir a construção de pelo menos 3,8 GW de usinas solares até 2024, movimentando mais de R$15 bilhões em investimentos.
O estudo mostra que o país tem apresentado forte avanço na capacidade de usinas solares em operação e/ou em construção, registrando 2,3 GW frente a 0,4 GW registrado em 2020. De acordo com Marcio Takata, diretor da Greener, o crescente interesse dos consumidores em contratar energia mais competitiva e sustentável tem acelerado o direcionamento de recursos para GD Remota, contemplando especialmente o modelo de assinatura na geração compartilhada. Também contribui para o aumento de novos contratos a entrada em vigor, a partir de 2023, da Lei 14.300/22, que institui o marco regulatório da energia distribuída.
Mesmo com a redução na alíquota do ICMS, em função da Lei Complementar 194, a GD Remota, aponta o estudo da Greener, ainda oferece grandes oportunidades de investimento, principalmente na geração compartilhada. Segundo Takata, a LC 194 não implica necessariamente na diminuição da rentabilidade dos empreendimentos, pois a não incidência do ICMS na demanda contratada das usinas reduz o custo fixo dos empreendimentos, compensando a perda de receita de locação.
O avanço da energia solar por assinatura também tem estimulado o desenvolvimento de novos modelos de negócio especializados no mercado de geração compartilhada, como gestoras responsáveis pela captação e relacionamento com os consumidores.